quinta-feira, 3 de maio de 2007

O QUE ENCONTRAS EM MIM?...


O que encontras em mim?

- O Amor
- O Carinho
- A Meiguice
- A Identidade Intelectual
- O Apoio
- O Incentivo
- O Companheirismo
- A Honestidade
- A Dignidade
- A Capacidade de Trabalho
- O Sentido de Humor
- A Ironia
- O Erotismo
- O Desafio
- A Identificação Sócio-Cultural
- A Fidelidade
- O Diálogo
- A Compreensão
- A Negociação

Isto sou EU, e tu sabes...

16 comentários:

  1. quanto mais enumera aquilo que de bom existe em si...mais me apercebo de que neste mundo tudo é injusto...que por mais que nos importemos em nos construir correctamente, não vale a pena, porque existe sempre alguém que não se importa com o que somos

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  2. Não é um relatório de vaidades, Patrícia.É, com toda a serenidade e tranquilidade, o desnudar assumido de mim próprio, o enumerar as minhas características, o colocar-me numa montra, sem narcisismo.E algumas pessoas sabem que nesta lista que enumerei, com dignidade, está a verdade e, talvez mesmo, alguma modéstia. Eu sou assim.E digo-lhe mais...com toda a sinceridade, acho que é muito fácil gostar de mim e que consigo fazer ALGUÉM totalmente feliz, como já fiz. Apenas acho que tenho todo o direito a uma segunda oportunidade para limar arestas, corrigir os erros, negociar e avançar em frente, felizes.

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  3. todos nós merecemos uma segunda oportunidade...o egoísmo humano é que prefere seguir em frente sem olhar para o lado...acredite..

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  4. Azar de quem anda por aí ceguinho. Professor, vá, não quero vê-lo assim. Então?

    Beijinho BOMMMMM

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  5. (a carta da paixão)

    Esta mão que escreve a ardente melancolia
    da idade
    é a mesma que se move entre as nascenças da cabeça,
    que à imagem do mundo aberta de têmpora
    a têmpora
    ateia a sumptuosidade do coração. A demência lavra
    a sua queimadura desde os seus recessos negros
    onde se formam
    as estações até ao cimo,
    nas sedas que se escoam com a largura
    fluvial
    da luz e a espuma, ou da noite e as nebulosas
    e o silêncio todo branco.
    Os dedos.
    A montanha desloca-se sobre o coração que se alumia: a língua
    alumia-se: O mel escurece dentro da veia
    jugular talhando
    a garganta. Nesta mão que escreve afunda-se
    a lua, e de alto a baixo, em tuas grutas
    obscuras, essa lua
    tece as ramas de um sangue mais salgado
    e profundo. E o marfim amadurece na terra
    como uma constelação. O dia leva-o, a noite
    traz para junto da cabeça: essa raiz de osso
    vivo. A idade que escrevo
    escreve-se
    num braço fincado em ti, uma veia
    dentro
    da tua árvore. Ou um filão ardido de ponto a ponta
    da figura cavada
    no espelho. Ou ainda a fenda
    na fronte por onde começa a estrela animal.
    Queima-te a espaçosa
    desarrumação das imagens. E trabalha em ti
    o suspiro do sangue curvo, um alimento
    violento cheio
    da luz entrançada na terra. As mãos carregam a força
    desde a raiz
    dos braços a força
    manobra os dedos ao escrever da idade, uma labareda
    fechada, a límpida
    ferida que me atravessa desde essa tua leveza
    sombria como uma dança até
    ao poder com que te toco. A mudança. Nenhuma
    estação é lenta quando te acrescentas na desordem, nenhum
    astro
    é tao feroz agarrando toda a cama. Os poros
    do teu vestido.
    As palavras que escrevo correndo
    entre a limalha. A tua boca como um buraco luminoso,
    arterial.
    E o grande lugar anatómico em que pulsas como um lençol lavrado.
    A paixão é voraz, o silêncio
    alimenta-se
    fixamente de mel envenenado. E eu escrevo-te
    toda
    no cometa que te envolve as ancas como um beijo.
    Os dias côncavos, os quartos alagados, as noites que crescem
    nos quartos.
    É de ouro a paisagem que nasce: eu torço-a
    entre os braços. E há roupas vivas, o imóvel
    relâmpago das frutas. O incêndio atrás das noites corta
    pelo meio
    o abraço da nossa morte. Os fulcros das caras
    um pouco loucas
    engolfadas, entre as mãos sumptuosas.
    A doçura mata.
    A luz salta às golfadas.
    A terra é alta.
    Tu és o nó de sangue que me sufoca.
    Dormes na minha insónia como o aroma entre os tendões
    da madeira fria. És uma faca cravada na minha
    vida secreta. E como estrelas
    duplas
    consanguíneas, luzimos de um para o outro
    nas trevas.



    Herberto Helder

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  6. Não é uma questão de egoismo, Patrícia, creia que não é.

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  7. Eu estou bem, Maria José...pelo menos ando com a máscara de "bem".

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  8. se n é egoísmo k chama a quem passa ao lado do k sentimos por elas?

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  9. Ah,professor quanto mais o vou conhecendo,mais o admiro pelo ser humano fantástico que é.
    Quero vê-lo,mais alegre,professor,porque a vida é um sorriso entre duas lágrimas,,,
    Professor gostava muito de um dia ter o imenso previlegio de o conhecer pessoalmente,pois tenho uma admiração enorme pelo grande homem que mostra ser
    Força tem muita gente a torcer por si...
    Agora para si aquele beijinho cheio de carinho e amizade

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  10. Talvez uma necessidade de se reencontrar, Patrícia...Doi, mas é legítimo!

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  11. Joana, esse dia chegará, de certeza.Mas não diga privilégio...que me faz corar...Um beijo enorme e com muita ternura...

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  12. faltou-te um item:
    - o medo que tens de te encontrar em mim.

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  13. Minha querida...em ti encontro-me sempre, em tranquilidade e serenidade...o que não impede que o peso das horas que passam me rasgue!

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  14. Só quem tiver a sensibilidade para ver/sentir, vê :)
    Porque o nosso caminhar é normalmente em linhas paralelas e só pontualmente existem as perpendiculares. :)
    beijinho

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  15. Mas o problema, Tb, é que quem vê...parece não querer ver...Enfim...

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