sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-45ª emissão - "Sexualidades e Moda"


Dentro de algumas horas, mais especificamente à 1 hora, irá para o ar, na Porto Canal mais uma emissão, a 45ª, do programa "Sexualidades, Afectos e Máscaras"...cumprindo, sempre, alguns dos vectores que norteiam a filosofia do programa ou seja, temas complicados, fracturantes e inovadores.
Mas segue, também, uma linha de emissão sempre actual e, deste modo, o tema desta edição será "Sexualidades e Moda", dado que esta é a semana por excelência, dedicada à Moda, em Portugal, com a realização do Portugal Fashion.

O Mundo da Moda..

Sinuoso.
Exigente.
Sedutor.
Tentador.
Devastador.
Enganador.

Iremos falar de tudo isto e de muito mais.
Promete ser um bom programa.
Apareça...e participe.

domingo, 21 de setembro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-44ª emissão - "Como falar de Sexualidades..."- comentário


Finalmente chegou o momento do primeiro programa após as férias...
Tenho que confessar que nos estúdios se sentia a tensão do regresso.
No nosso caso, mais especificamente do re-início.
Sentia-me carregado de electricidade estática, preocupado com os mais pequenos detalhes, o velho medo de falhar.
Cigarro atrás de cigarro, café, piadas desconexas lançadas como que por alívio...enfim...o stress dos grandes momentos.
Para nós, que apostámos muito, praticamente tudo, no "Sexualidades, Afectos e Máscaras", é sempre uma enorme expectativa o sucesso de cada emissão, preocupados com que tudo corra bem.
Um gole de água mais..
Os microfones colocados na posição correcta.
Uma última piada/provocação/carinho para a Maria José...
Holofotes no máximo...
Ouve-se, ao fundo, a música do genérico...
E aqui vamos nós!
Uma hora depois, que pareceram curtos e exíguos minutos, eis que a emissão termina e, uma vez mais, saímos com a noção do dever cumprido, ainda que sempre com a angústia de ser possivel melhorar mais ainda...
A ver vamos...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-44ª emissão - "Como falar de Sexualidades..."


Já tinha imensa vontade de escrever este post...
Agora sim, é surgido o momento de o escrever.
Com efeito, começa hoje, dentro de algumas horas, mais especificamente à uma hora, o segundo ano de emissões do "Sexualidades, Afectos e Máscaras", na Porto Canal.
Refrescado e renovado, irá para o ar, hoje, a 44ªemissão.
Continua a ser o único programa televisivo em Portugal que aborda, em directo, as mais diversas questões sobre Sexualidades e Afectos.
E a intenção é continuar a mesma linha que sempre norteou o programa.
Conversar sem tabus nem supostos pudores, de forma pedagógica, mas informal, sobre Sexualidades.
Ainda que renovando, a postura será idêntica, efectuando a abordagem dos mais diversos temas fracturantes, de forma informal mas científica e eivada de humor.
Os assuntos sérios não têm que ser tratados, obrigatoriamente, com um ar cinzento e pesado mas sim, em ambiente de tertúlia, ao fim da semana e com a participação amiga de quem nos ouve e vê.
O tema de hoje será "Como falar de Sexualidades?", ainda que seja impossível deixar de comemorar o regresso tão ansiado por todos aqueles que fazem o programa.
Assista e participe, porque este programa também é para si!

domingo, 14 de setembro de 2008

MADONNA


Para muitos hoje é Dia D...
Madonna actua em Portugal.

Gosto do estilo de Madonna!
Gosto da musicalidade de muitos dos seus temas, do visual, do espírito de inovação, do ritmo que consegue imprimir às canções que lança.
Reconheço, até, o elevado profissionalismo que impõe nos seus espectáculos.

Receio, todavia, a madonnomania que se tem verificado no nosso país.
Tem sido uma verdadeira loucura, um carrossel...

Uma autêntica feira de vaidades, fútil, vácua e vã...
Não faz o meu género, de todo, esta postura de vazio total...
Enfim!

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA


O Instituto Nacional de Estatística, vulgo INE, publicou há poucos dias o seu relatório demográfico sobre Portugal, relativo a 2007.
Os "media" deram alguma relevância ao assunto mas, como hoje em dia a verdade se contabiliza ao minuto e o que é notícia agora, daqui a segundos passa a ser um dado histórico, o assunto morreu.
Houve quem se preocupasse, mas não certamente a classe política deste nosso país à beira mar plantado... A maioria porque nem sequer o percebeu, diga-se em abono da verdade; uma outra parte porque não é matéria que dê votos e, como tal, revela-se, pensam eles, de total desinteresse.
Na realidade o relatório revela dados preocupantes em diversos aspectos.
Pela primeira vez, em 2007, em Portugal, o saldo demográfico foi negativo ou seja, em 2007 morreram mais pessoas do que as que nasceram. Estamos perante uma situação de "recessão demográfica" que só tinha sido vivida em Portugal em 1918, com a catástrofe da epidemia da "gripe espanhola"...
Em 2007 Portugal só não ficou com redução real da população residente, devido aos imigrantes, cerca de 60.000 estrangeiros, principalmente provenientes do Brasil, da Roménia e da Ucrânia, que pediram autorização de residência.
Mas a questão tem outros contornos...
A taxa de fecundidade, em Portugal, em 2007 baixou para números assustadores...1.33, muito abaixo da taxa de 2.1 considerada o gradiente de substituição de gerações.
Deste modo Portugal está a transformar-se, cada vez mais, num país envelhecido e cada vez com menos jovens...
Acresce, ainda, o facto de que a esperança média de vida, em Portugal, tem vindo a aumentar, situando-se, em 2007, em 78.17...
Em termos genéricos,brutos, isto tudo significa que, em Portugal, cada vez se nasce menos e cada vez se vive mais...
O que deixa a situação financeira do País em níveis preocupantes, nomeadamente no que se refere à produtividade nacional e a questões como a Segurança Social e as reformas.
E a tendência da situação é para o agravamento...
Senão vejamos.
Em 2007 existem 26 idosos por cada 100 indivíduos em idade activa assim como 114 idosos por cada 100 jovens.
Segundo estes dados, as projecções avançam que a situação em 2050, ou seja, muito brevemente, a não se reverter a situação, será problemática, com cerca de 58 idosos por cada 100 indivíduos em idade activa e 243 idosos por cada 100 jovens.
A situação é grave e se hoje somos, já, um país envelhecido, tudo indica que em 2050 a situação tornar-se-à dramática.
Urge serem tomadas medidas sérias que passariam por campanhas de apoio à natalidade, eventualmente incluindo estímulos financeiros e outras medidas que passariam, por exemplo, pelo aumento da rede nacional de infantários estatais, pelo aumento dos descontos com as despesas de educação em sede de IRS, entre outras.
Mas outras medidas estruturais teriam que ser implementadas e que levassem, de forma directa ou indirecta, ao aumento da taxa de natalidade, como por exemplo a criação de creches nas grandes empresas, como medida de apoio às trabalhadoras-mãe, com eventual compensação para as próprias empresas, que poderia passar por incentivos fiscais aos empresários que adoptassem tais medidas....o que, de forma indirecta, aumentaria a taxa de emprego nacional e o quociente de descontos para a Segurança Social.
Poderia e deveria também ser reduzida a taxa do IVA nas fraldas e em outros produtos relacionados com a natalidade e os recém-nascidos.
Muito mais poderia e deveria ser feito, desde que os responsáveis políticos deste País tivessem vontade e sentido da responsabilidade mas, meus amigos, o País continua numa rota desenfreada e irresponsável no sentido do abismo e apetece dizer...o último a sair que apague a luz e feche a porta...
Falta, como diz o poeta, "cumprir Portugal"!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

INSUCESSO ESCOLAR


"Entrem Senhoras e Senhores!
Meninos e Meninas!
O espectáculo vai começar..."

E eu, estupefacto e incrédulo assisto a toda esta farsa que já ultrapassou, largamente, o burlesco.
Refiro-me, obviamente, ao anúncio hoje efectuado, pelo Primeiro Ministro e secundado pela Ministra da Educação...
Fizeram-me lembrar Dr. Jerkill e Mr Hide...
Parem senhores!
O que estão a fazer é irresponsável, é falso, é demagógico e, acima de tudo, é perigoso, extraordinariamente perigoso...
Refiro-me ao anúncio fantasioso da suposta descida do insucesso escolar em Portugal, no Ensino Básico e Secundário...
Os números e as estatísticas comprovam-no?...
Se não fosse para chorar seria, no mínimo, para rir...
Mas é tudo uma operação de cosmética de fraquíssima qualidade!
Desculpem mas, como sabem, eu também sou professor.
E, ainda por cima, Presidente da Mesa da Assembleia Geral e da Mesa do Congresso de um Sindicato de Professores, independente.
O que significa que tenho acesso a documentos mas, acima de tudo, a realidades que o vulgo dos mortais não tem.
Estes resultados foram obtidos, de forma falaciosa, porque os docentes, neste momento, estão praticamente proibidos de chumbar os meninos e meninas seus alunos.
Estes resultados foram obtidos, de forma falseada, porque neste momento em Portugal, é praticamente proibido chumbar...vidé a quantidade de provas de recuperação que os meninos e meninas fazem, quando têm negativa, tornando imperativo chegar à positiva...são levados, de forma irresponsável e perigosa, ao colo, até à passagem de ano.
E as Associações de Pais sabem-no, até porque esses meninos e meninas, são seus filhos!
E isto é verdadeiramente perigoso...
Porque o resultado não se vai verificar de imediato mas apenas a dez anos de distância, no mínimo, mais concisamente, à distância de uma geração.
É, ainda, perigoso, porque se corre o risco de os adultos de amanhã serem incultos diplomados, fazendo perigar o equilíbrio sócio-cultural do País.
Corremos o risco de nos tornarmos um país de analfabetos diplomados.
E isso eu acho criminoso!
Porque os responsáveis sabem o que estão a fazer...senão vejam-se os resultados dos estudos que a OCDE publica periodicamente e que afirmam, de forma peremptória, que o grau de conhecimento dos nossos alunos tem vindo a piorar de forma drástica!
Esta é uma campanha orquestrada para os flashes e para as câmaras dos media...
Mas é criminosa porque irresponsável e perigosa...
Quem viver, verá!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O AUMENTO DA CRIMINALIDADE EM PORTUGAL


Desde que regressei a Portugal tenho vindo a ser confrontado com as mais diversas notícias sobre a onda de violência que atravessa, hoje, Portugal, de lés a lés.
São roubos violentos, sequestros e assassinatos...
Não sou sociólogo e não me vou, aqui, deter em explanações mais ou menos filosóficas.
Mas, qual é o espanto?
O estranho é que tal não se viesse a verificar, por algumas ordens de factores.
Existe, realmente, uma crise económica no País e as pessoas, por diversas vezes sentem-se desesperadas.
Por outro lado é sabido que, em momentos de crise pessoal a saída aparentemente mais fácil passa, também, pelo consumo de substâncias ilícitas, que vai, ainda que indirectamente, agravar a situação, principalmente pelos elevados custos que implica e pelos diversos tipos de dependência que desencadeia.
Acresce que, em situação de desespero, o binómio bem/mal é relegado para segundo plano.
Por outro lado, foi evidente, a tentativa, que se veio a demonstrar irresponsável, por parte deste Governo, em cortar "a torto e a direito" na despesa pública, medida que passou, também, pelo tentativa de esvaziamento das cadeias, principalmente daqueles indíviduos considerados menos perigosos, condenados aos chamados crimes menores.
Esta medida incluiu, inclusivé, a libertação precoce de muitos condenados e mesmo a sua instalação em casa com supostos dispositivos electrónicos.
Junte-se, ainda, a redução dos termos e das causas passíveis de originar prisão preventiva.
Ouve, inclusive, uma certa desvalorização, em praça pública, da autoridade e do poder das forças da ordem, nomeadamente com a revelação de que muitos passariam por dificuldades financeiras o que levou, até, à realização de diversas greves e manifestações.
Logicamente que todas estas medidas originaram um "cocktail" demasiado explosivo.
Urge, pois, reformular a situação, desde que com medidas certeiras e correctas, que não julgo ser, até ao momento, o que está a ser feito.
Na realidade, têm vindo a ser desencadeadas mega-operações de vigilância nas estradas e ruas deste país à beira mar plantado, com o intuito, diz-se, de fazer retornar à população, a sensação de segurança.
Mas discordo, veementemente, deste tipo de medidas.
O que resultou foi mais um incómodo para a população anónima porque, essa sim, foi a que foi atingida directamente com este tipo de medidas.
Teriam sido detectados alguns, poucos casos, de pequenos delinquentes?...
Talvez.
Acho, no entanto, que o tipo de intervenção deveria ser direccionado de forma certeira, em força e assumidamente.
Este tipo de operações deveria ser dirigido, sem tibiezas, para os locais problemáticos, enfim, para a "toca do lobo", com o intuito de ferir "a besta" de morte...
Este tipo de intervenções deveria abranger os bairros problemáticos, os locais de grande consumo e contrabando de estupefacientes ou seja, todos os locais que estão perfeitamente sinalizados como problemáticos, pelas forças de segurança.
Continuar a demonstração de força sobre inocentes e anónimos, parece querer traduzir uma mera operação de cosmética, quiça com medo de encarar o problema de forma real e efectiva.

domingo, 7 de setembro de 2008

REFLEXÃO...


Já não escrevia aqui há algum tempo...
O que é injusto, nomeadamente para aqueles que me lêem, aqueles que por aqui gostam de passar, por vezes anónimos, outras tantas identificados, aqueles que aqui fazem questão de deixar comentários mas, acima de tudo, todos aqueles que se preocupam comigo e todos aqueles que posso considerar, orgulhosamente, como fazendo parte do meu património de Afectos.
Sinceramente acho que posso apresentar como alegação o encontrar-me numa fase profissional muito intensa, inclusive com o recomeço, no dia 19 de Setembro, do meu programa de televisão, o "Sexualidades, Afectos e Máscaras" mas, acima de tudo, com o facto de achar que, pessoalmente, atravesso uma fase de mudança, o que requer reflexão atenta e activa.
Ainda em termos profissionais recomecei a desencadear um novo projecto, que a mim já tinha prometido há muito tempo e que prometi a algumas das pessoas que fazem parte do meu "constructo" afectivo.
Também isso me tem vindo a ocupar o tempo.
Mas, acima de tudo, a minha ausência prende-se com a vontade de rever muitas das situações pessoais e, principalmente, conseguir fazer a paz comigo próprio.
Talvez um recomeçar...uma vez mais.
Mas tudo vai no bom caminho...espero!
Por isso, por aqui irei passando, talvez não da forma e com a intensidade que foi habitual.
Mas aqui estarei, sempre, ainda que com uma postura diferente.
A ver vamos.