sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CARAS...

Andava eu pela Internet, a fazer uma pesquisa, quando fui ter a um blog que me pareceu estranho ou, pelo menos, original...
Um blog de título "Caras" e que, rapidamente percebi ser um blog inofensivo, engraçado, bem intencionado, de caricaturas de cara conhecidas.
Na realidade, uma ideia divertida e inofensiva.
E fui passeando os olhos pelas diversas caras, da literatura, da política, dos media, do espectáculo, do desporto e de todas as outras áreas que dão visibilidade pública.
Estava original a ideia, sem qualquer dúvida.
Devo ter passado algum tempo no referido "blog".
Até que estaquei atónito...
Teria sido tanto o tempo passado que teria perdido a consciência?
Estaria eu doente ou cansado?
É que no monitor do meu computador estava...
Eu???!!!
Eu???!!!
Mas porquê?
Não me considero conhecido e muito menos figura pública, capaz de enfileirar com o Cristiano Ronaldo ou com a Soraia Chaves...
Mas sorri...
E percebi a responsabilidade que adquiri com o tempo, fruto, também, de alguma visibilidade que os Media me têm dado.
Fiquei contente, nem sequer me atrevo a negá-lo, mas também fiquei preocupado...
Enfim!

CARTAS DE AMOR...


A propósito da emissão do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" de hoje e do tema, Cartas de Amor, recupero uma crónica que publiquei em 2006, subordinada ao mesmo tema.

Não é justo!
Não acredito que tenha andado tão distraído, como tal, como para bom português, fácil é atirar as culpas para cima dos outros quando não se consegue ou se tem medo de assumir as responsabilidades, será para mim mais fácil culpabilizar alguém, que não eu.
Assim sendo, se não fui eu que estive desatento, preferível será dizer que ninguém me avisou e, com esse abrangente e comodamente anónimo Ninguém, englobo tudo e todos, desde o arrumador que todos os dias me crava, até ao Primeiro da Nação que, de outra forma, bem mais dolorosa, também todos os dias me crava.
Por isso repito... ninguém me avisou!
Nem sequer um triste e amarelento decreto, decrépito por ninguém o ler, se entreteve na sua função vã de decretar tal facto, porque sim e também porque não.
Nem um triste e ridículo decretozito foi promulgado!
Lenta mas asfixiantemente, a decisão instalou-se, de forma anónima porque são as piores e foi alastrando, roendo, destruindo...
Uops!
Lamento, mas não estou em delírio persecutório, nem saindo aos poucos de uma tenebrosa ressaca, nem sequer às portas de um confrangedor diagnóstico de Alzheimer com que alguns, poucos felizmente, gostariam de me delimitar.
Lamento, por só agora ter reparado...
Acabaram as Cartas de Amor!
“Passou-se!”, poderá, levianamente, pensar quem neste momento me lê... mas será, decerto, quem por pouca idade, não percebe do que falo... porque aqueles do meu tempo, que não vai tão longínquo, que dinossauro não me sinto, bem sabem do que falo e, da mesma nostalgia partilham, certo estou!
Era um ritual transversal à sociedade, a todos os estratos sócio-culturais e a todas as faixas etárias!
Que doía, mas agridoce e que era uma etapa intransponível no trajecto dos afectos.
E tinha rituais.
E tinha passos.
Primeiro, “via-se” alguém.
Depois “olhava-se para” e isso, significava um avanço em termos de processo de intenções... o “ver” era mais imparcial e asséptico. O “olhar” era já bem mais carregado de intenções... significava que havia algo ou alguém para quem valia a pena olhar, com mais atenção.
Seguidamente passava-se à análise, digamos metafísica, do objecto do desejo... embora esse desejo ainda não fosse consubstanciado em fisicalidade ou sequer essência de verdadeiro afecto.
E se a visão e eventualmente outros sentidos se sentissem envoltos, conquistados, seguia-se o período de latência, o período necessário à germinação dos afectos.... Era o período em que a substância afecto se entretinha a levedar.
Só então, quando o processo germinativo se encontrasse concluído, com êxito, se passava à fase seguinte, a retumbante, a da escrita. E assim se iniciava a caminhada dolorosa-prazerosa das Cartas de Amor. Que não eram simples cartas... eram As Cartas.
Até o papel era diferente, dependendo do arcaboiço sócio-económico do Autor. Havia-as de todo o tipo, para todos os gostos, perfumadas ou não, de papel colorido ou singelamente branco, com flores, com imagens, com paisagens em marca de água, até com bonecos e algumas, que as havia, com milhares de corações, de todas as formas e feitios, mas inevitavelmente vermelhos, ainda que o dégradé fosse possível.
Obviamente que o papel da missiva era complementado pelo envelope que, habitualmente, seguia a mesma linha iconográfica podendo, todavia, ser mais discreto ou mesmo esbatido.
Mesmo o processo de aquisição do veículo da mensagem afectiva era lento e sofrido, começando pela escolha da papelaria e terminando na luta mano a mano tida com o empregado para lhe conseguir explicar, de forma titubeante e corada, o que se pretendia e que inevitavelmente recebia em troca um sorriso cúmplice, por vezes acompanhado de um piscar de olhos encorajador. E tinha que ser um empregado do mesmo sexo, para que a cumplicidade sofrida se tornasse menos constrangedora... Ah, velha cumplicidade inter pares!
Depois vinha a fase mais importante, o mais doloroso e esforçado de todo o processo, a construção do texto, dando azo ao mais elaborado fraseado, poético, meigo, romântico, tentando exprimir da melhor forma, aquilo que ia na mente, que então se denominava alma, de quem escrevia.
Era o tempo das figuras de estilo, com especial incidência para as metáforas e para as hipérboles!
E saiam verdadeiras pérolas literárias, onde normalmente despontavam as comparações do sorriso com as águas do mar, se falava do cabelo revolto e dos olhos em amêndoa, quais estrelas do firmamento. Os mais atrevidos, deixavam escapar algumas referências, ainda que muito vagas, ao corpo.
Não raras vezes, o texto era escrito a mais do que uma mão, com o empenhado contributo do melhor amigo, do “irmão mais velho-mais experiente nas andanças do amor” ou mesmo de um primo mais solícito.
A fase seguinte era passar a carta a limpo... Sim, que isto da escrita envolvia diversos rascunhos, folhas que raivosas e outras frustradas, iam caindo no balde do lixo e só o texto definitivo era o eleito. Apenas então, adquirida a forma mais aprimorada, se obtinha o direito a figurar no “papiro do amor”.
A fase final era a da entrega que, à época, poderia ser pelo correio, pela mão de uma amizade disponível, habitualmente chegada ao ser eleito ou mesmo através do uso de estratégias do “deixar esquecido de forma a que bem vejas”...
Culminava todo o processo a demorada angústia da resposta, que poderia durar longos e infindáveis minutos, dolorosas horas ou tenebrosos dias.
Normalmente chegava, na forma de um sorriso, de um olhar cúmplice acompanhado de um enrubescer da face ou, glória eterna, o direito a uma carta-resposta.
Era assim que se cumpria o processo... era assim que se vivenciavam os preliminares do que poderiam vir a ser os afectos e quiçá... a mais linda história de Amor.
E veio a Modernidade... que simplificou tudo, muitas vezes beneficamente, outras tantas, duvido!
As Cartas de Amor foram substituídas pelos e-mails, pelas sms, pelas mms e por toda uma turba comodamente transformada em sigla, porque mais fácil e rápida... e assim se perdeu a magia, assim se perdeu uma das mais belas, ainda que sofridas, formas de dizer “Amo-te”!
Manuel Damas, 2006

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-50ª emissão


Logo à noite, mais precisamente à 1 hora, irá para o ar, na Porto Canal, mais uma emissão do "Sexualidades, Afectos e Máscaras"!
Esta será uma emissão diferente, porque será a 50ª emissão.
Até hoje foram para o ar 50 emissões, o que significa, no mínimo, que o programa já foi emitido, em directo, 50 semanas.
E é com enorme orgulho que este programa se tem mantido lider de audiências.
Tem sido a oportunidade para abordar temas polémicos, fraturantes, motivantes, estereotipados, mas sempre no mesmo estilo ou seja, de forma coloquial, informal mas pedagógica, sempre científica, mas eivada de humor, porque a filosofia do programa é discutir os temas, sem "papas na língua", como se costuma dizer, sem a fuga para a linguagem demasiado científica ou erradamente escondida por detrás de teorias ou estatísticas...
Foram abordadas questões polémicas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adopção por homossexuais, as toxicomanias, o aborto, a violência doméstica, o ciúme, a traição, o amor, a dança, a renegociação, o diálogo na relação, a masturbação, a sexualidade na terceira idade, a actividade sexual na grávida, as doenças condicionantes do desempenho, a educação sexual, o transformismo, a diferença de idades nas relações, o alcoolismo, o assédio sexual no local de trabalho, a pornografia, os sex-toys, entre tantos e tantos outros.
Mas muitos temas estão, ainda, por abordar.
Deste modo, o tema de hoje será um ainda não abordado e que, certamente suscitará a curiosidade e o interesse dos espectadores..."Cartas de Amor".
Para onde foram as Cartas de Amor?
Terão sido substituídas pelas SMS e pelos e-mails?
Quais as consequências a nível relacional?
Será um tema motivante, sem dúvidas!
A terminar, uma palavra para a equipa de profissionais que, durante 50 semanas, sempre acompanhou com paciência, profissionalismo, dedicação e esforço.
Uma palavra, ainda, para a Direcção da Televisão que decidiu, de forma corajosa, apostar neste programa.
Para a Maria José, a minha querida Zeuzinha, Jesus Maria José em época natalícia, um enorme beijo de elogio pela qualidade do trabalho que sempre vem prestando.
Para quem nos ouve e vê, apenas podemos prometer que iremos continuar sempre assim, por respeito às linhas orientadoras do programa e porque é assim que os nossos espectadores querem que sejamos.
A todos, um enorme obrigado.
Da minha parte resta apenas dizer que adoro fazer o que faço...
Permitam-me um pequenino desabafo...quem está do outro lado do écran nunca conseguirá descobrir as enormes dificuldades profissionais e pessoais porque passam, muitas vezes, os profissionais que no écran, em directo, todas as semanas vos recebem com um sorriso, quantas vezes máscara gélida...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Não pirilamparás a mulher do proximo

Foram momentos como este que fizeram de Herman José o monarca da comédia em Portugal...

MARIA DE LURDES RODRIGUES PARA O CADAFALSO...JÁ!!!


O Governo da socretina criatura decidiu que não vai proibir as escolas de reprovarem os alunos até ao 9º ano de escolaridade!
Fiquei atónito com a notícia...
Aliás, não totalmente atónito, porque já tinha sido avisado no Sindicato de Professores onde presido à Mesa da Assembleia Geral e à Mesa do Congresso Nacional, que a atitude iria ser essa. Mas eu, incrédulo, não quis acreditar.
Agora fiquei, no mínimo, perplexo por tal atitude tomar forma oficial...
Continuei a ler..." O Governo quer que os chumbos desapareçam naturalmente."
O princípio é de que o aluno não pode reprovar e, como tal, a escola vai ter que arranjar mecanismos, os mais díspares possíveis, até que o aluno atinja os níveis considerados mínimos...
Fantástico!
Qual Maria de Montessori, qual Jean Piaget, qual Froebel???
Nada disso!
Venceu a inoperância, a permissividade, a anulação de qualquer princípio de autoridade...
Já imagino centenas e centenas de adolescentes, daqueles ditos rebeldes, a replicarem ao Docente...

"Faz-me o quê???Não faz nada! O stôr não pode fazer-me nada!O stôr não me pode reprovar!"...

Imagino o caos que tal medida irá causar, os distúrbios, a balbúrdia, a falta de sentido, a perda do respeito!
E, perante isto, nada se passa, tudo continua, na roda intermitente no sentido do caos.
São os alvores da modernidade socretina!
Solto uma gargalhada de desprezo e fico no rosto com um esgar e na boca com um sabor enojado!
Quantos anos irão ser necessários para reverter todas asneiras produzidas pelo reinado de Sócrates?
A realidade, hoje, é a perseguição insane, distante da realidade, das estatísticas reveladoras de um pseudo-sucesso, sem consonância com a realidade.
Para onde vais, pobre canto lusitano?

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SEJAM TODOS BEM VINDOS...

A caminho que vai, este blog, de comemorar, muito brevemente, os dois anos de existência, apenas me resta saudar todos aqueles que fazem este espaço... aqueles que por aqui passam religiosamente, aqueles que por cá vêm muito de quando em vez, e aqueles que ficam uma enorme temporada sem aparecer e depois voltam, quais fenix, renascida das cinzas.
A todos o meu afecto, um enorme beijo e, como não poderia deixar de ser....

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Porto e Gaia à Noite - Arte Maravilhosa (Porto by night)

Este Porto que eu amo...

"PORTO ALIVE"


Hoje, às 19.30, estarei na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a minha querida amiga Maria Cerqueira Gomes, para comentar um recente estudo português sobre a sexualidade na adolescência e juventude e sua interdependência com o gradiente de informação.
Em termos genéricos, o cerne será se a Educação Sexual despoleta comportamentos precoces ou, se pelo contrário, a informação faz com que a actividade sexual se inicie de forma mais consciente e, consequentemente, mais tardia.
Uma nova oportunidade para fazer pedagogia.

Just Stand Up - Mariah Carey Beyonce Knowles Leona Lewis Natasha Bedingfield Carrie Underwood Rihanna Miley Cyrus Fergie Sheryl

Uma outra forma de lutar contra o cancro...
Uma luta sempre presente...

domingo, 26 de outubro de 2008

MARIA JOSE GUEDES-ANIVERSÁRIO


A Maria José Guedes, minha querida amiga e colaboradora no programa de televisão "Sexualidades, Afectos e Máscaras", celebrou, ontem, mais um aniversário.
Aqui deixo um enorme beijo de parabéns e votos de felicidades.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-49ª emissão - "O medo do fracasso em Sexualidades"


Dentro de, aproximadamente, duas horas e trinta minutos irá para o ar, na Porto Canal, uma nova edição do programa "Sexualidades, Afectos e Máscaras", hoje dedicado ao tema "O medo do fracasso em Sexualidades".
Hoje será a segunda emissão dedicada ao referido tema.
O medo do fracasso!
O medo do fracasso ao iniciar uma relação...
O medo do fracasso ao iniciar uma relação, após ter terminado uma anterior que culminou em insucesso.
São dois tipos de situações diferentes, ainda que imbuídas de um tronco comum...
O medo de falhar...
Há, ainda, a perspectiva do medo do fracasso em termos exclusivamente sexuais. Por um lado, o medo de não conseguir satisfazer o parceiro da relação, por outro, o medo de não conseguir cumprir as próprias expectativas.
Mesmo assim, independentemente da vertente abordada, quem pode dizer, com toda a segurança, nunca ter tido receio de fracassar?
Ainda por cima numa Sociedade, como a hodierna, que não contempla os fracassos, que não tem tempo, espaço, nem vontade de garantir existência a todos aqueles que, por uma razão ou outra se viram vítimas de um fracasso afectivo.
É, na realidade, um tema transversal a toda a sociedade, independentemente da faixa etária, do estrato sócio-cultural, da orientação sexual, do tipo de relação envolvida e tantas e tantas outras prerrogativas.
De novo um programa polémico, a ser abordado em directo, naquele que é, após 49 emissões, ainda o único programa televisivo em Portugal que, em directo, aborda questões das Sexualidades, dos Afectos e das Máscaras.
Será uma abordagem informal, científica, pedagógica, bem disposta, sem tabus, nem pudores...
Apareça...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

FOME NO MUNDO...


A situação da fome a nível mundial parece-me muito preocupante.
Assusta-me que, neste momento, cerca de mil milhões de pessoas acordem e adormeçam com fome nesta que consideramos, talvez de forma injusta, a aldeia global.
Assusta-me que trinta e três países atravessem situações de fome classificada como alarmante, sofrendo a população de inanição.
O Índice Global da Fome de 2008, elaborado por três ONGD (International Food Policy Research Institute, Welthungerhilfe e Concern Worldwide) denuncia que o Congo, a Eritreia, o Burundi, a Nigéria, a Serra Leoa, a Libéria e a Eiópia atravessam, no momento, as situações mais aflitivas a nível mundial.

Assusta-me que 923 milhões de pessoas passem fome todos os dias, a maior parte cidadãos de países em desenvolvimento.
Assusta-me, por exemplo, que no Congo o índice de fome tenha aumentado, desde 1990, 67%...esta situação específica toca-me de modo particular porque o ano passado, na altura da morte súbita da minha mãe, ela estava nomeada para Consul da República Democrática do Congo...

Assusta-me que 40% das crianças com menos de cinco anos de idade, na Índia, Iémen e Timor Leste apresentem baixo peso, para a idade.
Com tudo isto, com este panorama aterrador, assusta-me, mais ainda, que o Programa Mundial da Alimentação, tenha visto o seu orçamento reduzido em 15% em 2007.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

SISTEMA PENAL PORTUGUÊS


Desde o dia 25 de Setembro deste ano até hoje um jovem de 17 anos foi detido três vezes, em Gaia.
A primeira vez por fazer parte de um gang.
A segunda vez por furto.
A terceira vez por assalto com esticão na via pública...Finalmente ficou em prisão preventiva.

Este é um exemplo de como funciona hoje em dia o sistema penal português e do péssimo serviço que está a prestar à sociedade portuguesa...
Prisão preventiva só em última instância...
Até quando?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"TOMA CAFÉ?" versus "SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"


Amanhã, quarta-feira, eu e a Maria José Guedes iremos ser entrevistados, na Porto Canal, a partir das 10.30, durante uma hora e meia, no programa "Toma café?", pelo Rui Terra e pela Olga Diegues.
A intenção será, para além de conversarmos sobre o "Sexualidades, Afectos e Máscaras", revelarmos, numa conversa informal e bem disposta, quem são Manuel Damas e Maria José Guedes.
Os afectos, os desafectos, as paixões, as perversões e, quiça, tentar tirar algumas máscaras...
Prevejo um bom programa, ritmado, provocador e sem papas na língua.
Uma competição de saudável "non sense" entre as duas equipas televisivas...
A ver vamos!

domingo, 12 de outubro de 2008

Rufus Wainwright - Somewhere Over The Rainbow (Palladium)

Deliciosamente intemporal...

PORTUGAL E O KOSOVO


Com a questão da independência do Kosovo, Portugal escreveu mais uma das suas negras páginas, em termos de política internacional.
Se, por um lado, Portugal foi um dos últimos países da UE a 27 a reconhecer a independência do Kosovo, por outro decidiu apoiar a pretensão da Sérvia em questionar as instâncias políticas internacionais acerca da legitimidade desta declaração uni-lateral de independência.
Portugal, que tantos mundos deu ao Mundo, assume assim, uma vez mais, uma posição titubeante, a fazer lembrar Escariotes, que ainda recentemente tinha vindo a nu com a recente questão do Tibete e a visita do Dalai Lama ao nosso País.
Qual Magalhães, qual Cabral, qual Gama...
Qual Tratado de Tordesilhas e o respeito histórico e inequívoco pelo canto lusitano nos aerópagos internacionais?...
Portugal oficializa, assim, uma vez mais, uma nova era em termos de Relações Internacionais...a não posição!
Onde nos levarão estes tipos de posturas?
Certamente que nunca a uma credibilização da posição internacional de Portugal!
Para onde vais, triste e insano País, que te vês representado por criaturas e mentes de cada vez mais duvidosa credibilidade?
Somos, assim, um expoente internacional da política da osga, irremediavelmente invertebrada...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-47ª emissão - "A Dança e as Sexualidades"


Logo, mais especificamente à 1 hora, irá para o ar, na Porto Canal, mais uma emissão do programa "Sexualidades, Afectos e Máscaras".
A emissão de hoje, a 47ª, em directo, será dedicada ao tema "A Dança e as Sexualidades".
O papel da Dança enquanto ritual místico, vivenciando, desde a ancestralidade, a representação do corpo.
A influência da Dança nas Sexualidades, desde sempre ligada ao erotismo, à sensualidade, à vivência dos Afectos.
O papel do toque e do som na assunção, em plenitude, da identidade do corpo e de uma relação a dois, plena de musicalidade e de movimento.
O equilíbrio que a dança, a dois, assegura na relação, através da capacidade de negociação, da atribuição de estatutos e papeis diferentes, consoante o tempo e o ritmo da dança e o tipo de relação.
A distribuição de poderes entre os dançarinos/amantes...
O doce bailado dos Afectos...
Apareça, assista e participe.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

II CONGRESSO NACIONAL "ENVELHECIMENTO CEREBRAL E DOENÇA DE ALZHEIMER"


Estive hoje de manhã, na Maia, no Auditório do Cinema Venepor, a participar no II Congresso Nacional "Envelhecimento Cerebral e Doença de Alzheimer".
Tinha sido convidado para fazer uma conferência intitulada "Memória, Afectos e Sexualidade" e anuí, prontamente, com o intuito de, uma vez mais, tentar fazer pedagogia, na área das Sexualidades e dos Afectos.
Prevendo que a sequência dos trabalhos já teria deixado a audiência emocionalmente esmagada, uma vez que direccionados, prioritariamente para a Doença de Alzheimer decidi, no último momento, alterar o título, passando a chamar-se "Quem és tu Capuchinho Vermelho, que não me recordo?"...
Aparentemente utópico, o título continha toda a informação possível reportando, sibilinamente, para as amnésias anterógrada e retógrada, assim como para os deficites cognitivos e para a degenerescência cerebral e a insuficiência mental, janela de oportunidade que eu estenderia, mais à frente, para abarcar toda a área da deficiência mental.
Deste modo aproveitaria para falar de Sexualidades e Afectos nos idosos, nos insuficientes e, por último, nos cidadãos portadores de deficiência, com especial ênfase para a mental.
Usei e abusei de imagens de esculturas e de pinturas de Dali a Picasso, passando por Monet, Magrite e outros, entremeadas com mensagens pedagógicas sobre Sexualidades.
Elaborada a apresentação, de véspera, sei que estava um trabalho digno e condigno e, acima de tudo, pedagógico, ainda que eivado de uma ou outra tirada de humor.
Chegado ao Auditório e quando os técnicos instalavam a "pen-drive", verificou-se uma incompatibilidade e a apresentação foi impossível de ser exibida.
Como tal, uma vez que tinha casa cheia, decidi fazer a conferência, sem qualquer suporte visual, valendo-me apenas do meu saber e da capacidade de empatizar com o público.
Risco enorme, sem dúvida.
Terminei a conferência exausto, pelo acréscimo de energias que me vi obrigado a usar num esforço sobre-humano para cativar a audiência e aliviar o ambiente que, de si, se encontrava já soturno.
Creio que todas ou pelo menos a grande maioria das mensagens que previa foram passadas com êxito.
Pelos aplausos recebidos, percebi que tinha tido sucesso.
Já no carro, ao som de Pavarotti relembrei a frase que vi e ouvi, proferida pela boca de Cristina Caras Lindas, numa entrevista concedida na Casa da Música, por altura do segundo aniversário da Porto Canal...
"O Porto Canal tem um brilhante profissional, o Prof. Manuel Damas, que é um Príncipe da Comunicação..."
Perante esta recordação e mentalmente estourado sorri instintivamente, sozinho e vieram-me as lágrimas aos olhos...
Tarefa cumprida!
Vaidade, pensarão alguns...
Não!
Extraordinário orgulho no que tento fazer, em qualquer circunstância e independentemente das adversidades.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SUICÍDIO JUVENIL


Segunda-feira, às 19.30, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", conduzido pela Maria Cerqueira Gomes, irei ser entrevistado, com o intuito de me pronunciar acerca da problemática do suicídio juvenil em Portugal.
Muito há a dizer sobre o tema...
À partida estamos perante um questão de causalidade multi-factorial.
Será fundamental chamar a atenção para as questões de natureza intra-individual, tais como a baixa auto-estima, o sentimento de perda, a desilusão, a sensação de insegurança. Mas terão que ser abordadas, também, as questões de natureza interactiva, tais como a injustiça dos amigos, a injustiça relacional, a injustiça distributiva.
Existem, ainda, as questões de natureza psicossocial, tais como a identificação grupal e social e o isolamento. Por último, ainda que não em último, as questões biológicas.
Em termos de causalidade, será fundamental relembrar Serge Moscovici quando falava em representações hegemónicas, nomeadamente os problemas familiares, por um lado e as consequentes dificuldades em os resolver, como a falta de amigos, o alcool e as drogas.
Acima de tudo, apelar para a prevenção, com a intervenção primordial de quatro grupos de poderes a saber...
A Família
A Escola
Os Técnicos de Saúde
O Poder Político.
Tudo isto e muito mais espero que venha a ser abordado, prevendo-se um bom programa.
Apareça!

domingo, 5 de outubro de 2008

CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO


Está na ordem do dia a discussão, na Assembleia da República, com votação agendada para o próximo dia 10 de Outubro, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, através de dois projectos apresentados, respectivamente, pelo Bloco de Esquerda e pelos Verdes.
Acho esta polémica perfeitamente "contra natura"...
A discussão centra-se no facto de pessoas do mesmo sexo poderem, ou não, casar.
E digo "contra natura" porque a própria Constituição da República Portuguesa impede a discriminação, nomeadamente com base na orientação sexual.
O que se discute não é a alteração da filosofia do casamento.
O que se discute, basicamente, é o direito a duas pessoas serem felizes.
O que se discute é o direito à felicidade e à oficialização da mesma, entre duas pessoas que, por acaso, são do mesmo sexo.
Tão simples como isso...
Mas, mesmo assim, o tema tem gerado controvérsia, porque a Sociedade e a Cultura decidiram ser este um tema fracturante!
Acima de tudo, a posição oficial dos partidos políticos com assento no Parlamento tem revelado controvérsia e desvendado guerras intestinas, principalmente na bancada do partido do Governo.
Depois de acesas discussões, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista acabou por decidir votar contra os dois projectos. Mas fê-lo de forma utópica e ridícula, dando apenas liberdade de voto a um único deputado, o antigo Presidente da Juventude Socialista, com o argumento de este ter lutado vivamente pela aprovação do direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Mais confrangedora foi, ainda, a justificação oficial do PS para a sua decisão...
"Uma questão de oportunidade"!
Uma questão de oportunidade????
Uma questão de oportunidade o direito às pessoas serem felizes???
Uma questão de oportunidade porque houve partidos políticos que decidiram afrontar o "stablishment"?
Quando, ainda por cima, esta questão fez parte do programa eleitoral que o PS apresentou a sufrágio?
Mais oportuno foi o Partido Social Democrata que, declarando ser a posição oficial do Grupo Parlamentar o voto contra, optou por dar liberdade de voto aos seus Deputados.
Acho ridículo que em 2008 ainda se discuta esta questão, como acho ridículo que em 2008 ainda não exista a Educação Sexual nas Escolas, como acho ridículo que a Sociedade, como um todo, de forma anónima, se arrogue o pseudo direito a opinar e a decretar sobre o direito à felicidade individual de cada ser humano.
Até quando?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"SEXUALIDADES, AFECTOS E MÁSCARAS"-46ª emissão - "Sexualidades e Moda"


Dentro de algumas horas, mais precisamente à uma hora, irá para o ar, na Porto Canal, mais uma emissão televisiva do programa "Sexualidades, Afectos e Máscaras".
Será a 46ªemissão e a segunda sessão dedicada ao tema "Sexualidades e Moda".
Muitas questões já foram abordadas...muitas estão ainda por abordar, neste que é o único programa telelvisivo, em Portugal que, em directo e semanalmente, durante uma hora, aborda questões sobre Sexualidades e Afectos.
O porquê da existência da Moda?
O que leva as pessoas a seguirem uma determinada moda?
A identificação grupal...
A aquisição do respeito pelos seus pares...
A satisfação da auto-estima...
Mas há, ainda, o lado negro relacionado com a Moda...os comportamentos sexuais exagerados; os comportamentos alimentares preocupantes como a Anorexia e a Bulimia.
As drogas e a Moda...
O alcool e a Moda...
Como gerir a ausência de protagonismo, a ausência dos holofotes e do mediatismo quando os hofotes se apagam?
A moda que não vê os grupos considerados pouco importantes da sociedade...os idosos e os deficientes, entre outros.
Muitas serão, uma vez mais, as questões a abordar.
Assista e participe.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Freddie Mercury Last Performance (Barcelona)

Anos e anos depois, continuo a considerar esta actuação magnífica!