sexta-feira, 29 de maio de 2009

TV...


Novo dia de maratona televisiva.
Assim, às 20.15 estarei, em directo, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que será a minha vigésima participação, como sexólogo residente do programa.
Hoje o tema a abordar será "O MPI".
É o Movimento pela Igualdade, um movimento que imana da sociedade civil, por questões de dignidade, de liberdade, de cidadania, de democracia.
Um movimento vocacionado para o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Um movimento que se prepara para lançar um Manifesto, assinado por pessoas conhecidas, oriundas de diversos quadrantes ideológicos e de diferentes origens sociais, culturais e profissionais.
Que congrega nomes como a Alexandra Lencastre, o Diogo Infante, a Rosa Mota, a Catarina Furtado, a Merche Romero, o Daniel Sampaio, eu, a Ana Zanatti, o José Saramago, o Hermann José, a Maria Rueff, o Bruno Nogueira, o Alexandre Quintanilha, o Miguel Sousa Tavares, a Lídia Jorge e tantos e tantos outros, ditos VIP, que decidiram dar o nome e o rosto, para combater uma questão nacional de discriminação.
O que move estas pessoas, acima de tudo, é o direito à felicidade, que não pode estar condicionado por questões de idade, de sexo, de orientação, de raça ou por quaisquer outras supostas condicionantes.

Depois, à 1.00, irá para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 80ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será, finalmente, "A importância do aspecto físico na relação".
Uma questão polémica...
Será ou não importante o aspecto físico na relação?
Será, como o povo diz, que "os olhos também comem"?
É ou não importante para uma relação, o aspecto exterior?
É essa a temática que iremos tentar abordar!
Trazemos hoje um outro tema, diferente, a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
Será um programa e um tema que recomendo vivamente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Estão, assim, criadas duas janelas de oportunidade, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo não semelhantes.
São dois programas, duas oportunidades, com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Creio que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona televisiva...

MPI


Encontra-se, em criação, um movimento que se pretende da sociedade cicil, intitulado Movimento pela Igualdade, MPI, vocacionado para questões fracturantes mas actuais, de cidadania e de igualdade de género.
Este movimento pretende debater questões polémicas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras matérias que perturbam e condicionam os direitos humanos, principalmente das pessoas LGBT.
Foram convidadas personalidades conhecidas da dita sociedade civil para subscreverem este documento e, acima de tudo, para apoiarem e darem a cara por este tema.
Assim, aceitaram subscrever o documento nomes conhecidos como:

Alexandra Lencastre,
Alexandre Quintanilha,
Ana Zanatti
António Avelãs,
António Costa,
António Marinho Pinto,
Boaventura de Sousa Santos,
Bruno Nogueira,
Carlos Fiolhais,
Catarina Furtado,
Daniel Sampaio,
Diogo Infante,
Fátima Lopes,
Fernando Rosas,
Graça Morais,
Herman José,
José Saramago,
Julião Sarmento,
Lídia Jorge,
Miguel Sousa Tavares,
Maria de Fátima Bonifácio,
Maria Rueff,
Maria Velho da Costa,
Merche Romero,
Nuno Lopes,
Odete Santos,
Paulo Pires,
Pedro Marques Lopes,
Pepê Rapazote,
Piet-Hein Bakker,
Ricardo Araújo Pereira,
Rosa Mota,
Rui Rangel,
Sérgio Godinho,
Soraia Chaves,
Teresa Beleza,
Teresa Guilherme,
Vasco Rato,
entre muitos outros.
Eu também fui convidado e aderi prontamente a esta causa, por uma questão de dignidade e de cidadania.
Abaixo fica o manifesto que será apresentado publicamente no domingo dia 31 de Maio, pelas 16 horas, no Cinema S.Jorge, em Lisboa.

MOVIMENTO PELA IGUALDADE no acesso ao casamento civil
A igualdade no acesso ao casamento civil é uma questão de justiça que merece o apoio de todas as pessoas que se opõem à homofobia e à discriminação. Partindo da sociedade civil, a luta pelo acesso ao casamento para casais de pessoas do mesmo sexo em Portugal conta neste momento com um crescente apoio político e social. Nós, cidadãos e cidadãs que acreditamos na igualdade de direitos, de dignidade e reconhecimento para todas e todos nós, para as/os nossas/os familiares, amigas/os, e colegas, juntamos as nossas vozes para manifestarmos o nosso apoio à igualdade.

Exigimos esta mudança necessária, justa e urgente porque sabemos que a actual situação de desigualdade fractura a sociedade entre pessoas incluídas e pessoas excluídas, entre pessoas privilegiadas e pessoas marginalizadas; Porque sabemos que esta alteração legal é uma questão de direitos fundamentais e humanos, e de respeito pela dignidade de todas as pessoas; Porque sabemos que é no reconhecimento pleno da vida conjugal e familiar dos casais do mesmo sexo que se joga o respeito colectivo por todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, e pelas famílias com mães e pais LGBT, que já são hoje parte da diversidade da nossa sociedade; Porque sabemos que a igualdade no acesso ao casamento civil por casais do mesmo sexo não afectará nem a liberdade religiosa nem o acesso ao casamento civil por parte de casais de sexo diferente; Porque sabemos que a igualdade nada retira a ninguém, mas antes alarga os mesmos direitos a mais pessoas, acrescentando dignidade, respeito, reconhecimento e liberdade.

Em 2009 celebra-se o 40º aniversário da revolta de Stonewall, data simbólica do início do movimento dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. O movimento LGBT trouxe para as democracias - e como antes o haviam feito os movimentos das mulheres e dos/as negros/as - o imperativo da luta contra a discriminação e, especificamente, do reconhecimento da orientação sexual e da identidade de género como categorias segundo as quais ninguém pode ser privilegiado ou discriminado. Hoje esta luta é de toda a cidadania, de todos e todas nós, homens e mulheres que recusamos o preconceito e que desejamos reparar séculos de repressão, violência, sofrimento e dor. O reconhecimento da plena igualdade foi já assegurado em várias democracias, como os Países Baixos, a Bélgica, o Canadá, a Espanha, a África do Sul, a Noruega, a Suécia e em vários estados dos EUA. Entre nós, temos agora uma oportunidade para pôr fim a uma das últimas discriminações injustificadas inscritas na nossa lei. Cabe-nos garantir que Portugal se coloque na linha da frente da luta pelos direitos fundamentais e pela igualdade.

O acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, em condições de plena igualdade com os casais de sexo diferente, não trará apenas justiça, igualdade e dignidade às vidas de mulheres e de homens LGBT. Dignificará também a nossa democracia e cada um e cada uma de nós enquanto cidadãos e cidadãs solidários/as – e será um passo fundamental na luta contra a discriminação e em direcção à igualdade.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

VIAGRA


Um anúncio premiado que considerei original...

terça-feira, 26 de maio de 2009

COMUNICADO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE SEXOLOGIA CLÍNICA


Relativamente à questão do suposto "tratamento" para a homossexualidade, anexo o comunicado da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica

Comunicado

Tomada de Posição da Direcção da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica
Sobre Terapias para Mudar a Orientação Sexual

A Direcção da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica vem por este meio tomar uma posição pública face à
recente discussão decorrente da reportagem publicada no Jornal Público de 2/5/2009 acerca da utilização de
terapias de reorientação ou reconversão sexual.
Os estudos realizados em diversos campos, nomeadamente nos da História, Antropologia, Sociologia, Psicologia e
da própria Medicina revelam que qualquer associação da homossexualidade com patologia é desprovida de
sentido e desde 1973 que a Associação Americana de Psiquiatria, reconhecendo esta evidência, a retirou da sua
lista de doenças mentais e passou a condenar explicitamente qualquer tentativa daquilo a que alguns chamam
reorientação ou reconversão . Duas décadas mais tarde, em 1992, a Organização Mundial de Saúde assumiu a
mesma posição. Desta forma, a actual controvérsia parte de posições que contrariam claramente as directrizes da
mesma Organização.
Assim:
A orientação sexual não heterossexual não é uma doença, perturbação ou síndroma clínico (APA, 1973). Não faz,
portanto, sentido que técnicos de saúde mental usem para tratar a orientação sexual técnicas e procedimentos
terapêuticos que visam melhorar a vida das pessoas e não servir convicções pessoais de cariz moral. Acresce que a
utilização destes procedimentos indevidamente poderá agravar o sofrimento de quem procura ajuda por motivos
associados à orientação sexual (Sandfort 2003).
É verdade que a orientação sexual não heterossexual está muitas vezes associada a sofrimento psicológico,
exclusão social e familiar, bullying, efeitos da homofobia social, violência, discriminação profissional, heterossexismo
e homofobia internalizada. De resto, os efeitos da homofobia fazem-se sentir em diferentes momentos do ciclo de
vida e sobretudo nos períodos de transição psicológica e social, logo, de maior vulnerabilidade. Por isso mesmo,
promover a adequação e diminuir o sofrimento pessoais, caso existam, de quem apresenta uma orientação homo ou
bissexual, requer a mobilização de agentes educativos, cidadãos e técnicos para a luta por um sociedade mais
justa, não discriminatória e não homofóbica.
Em termos especificamente profissionais, os técnicos de saúde mental, quando procurados, podem recorrer aos
procedimento adequados para ajudar as pessoas não heterossexuais a aceitar de um modo pacífico a sua
orientação sexual e/ou mesmo a assumi-la. Importante é salientar que caso um profissional de saúde mental não se
sinta capacitado para intervir de acordo com as orientações clínicas e éticas internacionais, por dificuldades
pessoais em face da situação ou falta de formação adequada, é seu dever encaminhar quem o procura para os
serviços, técnicos ou associações que o podem fazer, sob pena de trair a confiança que em si foi depositada.

A Direcção da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica,

CAMPANHA ELEITORAL


Começou a campanha eleitoral...
O circo saiu à rua, de novo.
Mas...
Viva a feira!
Toquem os bombos!
Os actores-doutores, voltam a vestir as suas fatiotas de dia festivo, ainda que já gastas e descoradas pelo uso, campanha após campanha.
Que maçada!
Mas...
Viva a feira!
As decoraçoes estão gastas e descoloradas.
Os esgares, velhos, tornam-se supostamente novos, para conquistar incautos.
Os balões já não se usam!
Mas...
Viva a feira!
Até os pregões, que já não frases de ordem, porque cíclicos, cansam.
Mas...
Viva a feira!
Venham os sacos de plástico, gratuitos, que a populaça gosta e sempre dão jeito para pôr o lixo, para trazer uma camisolita ou até mesmo para levar uma sande e um refrigerante...sim porque isto de ir assistir a um qualquer senhor importante botar faladura cansa e dá fome...
Mas...
Viva a feira!
Pena que os cantores que costumavam abrilhantar as feiras das vaidades políticas já estão gastos...Nem sei quem serão os animadores de serviço da moda actual.
O Marco Paulo não me parece...
O Quim Barreiros ainda vai a todas...
As Rutes Marlenes do nosso descontentamento deverão estar disponíveis...rebola, rebola, mostra o decote generoso e a pernoca bem feita, indiferente ao debate ideológico.
Mas...
Viva a feira!
E no fim, quando a festa acabar, tudo voltará à normalidade igual, gasta, velha, de sempre.
Mas...
Viva a feira!

domingo, 24 de maio de 2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

TV...


Novo dia de maratona televisiva.
Assim, às 20.15 estarei, em directo, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que será a minha décima nona participação, como sexólogo residente do programa.
Hoje o tema a abordar será "O caso da Professora de Espinho".
Um assunto polémico, sem dúvidas.
Mas urge serem colocadas algumas questões e chamados à colação alguns aspectos menos transparentes...

Depois, à 1.00, irá para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 79ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será "A importância do aspecto físico na relação".
Uma questão polémica...
Será ou não importante o aspecto físico na relação?
Será, como o povo diz, que "os olhos também comem"?
Este será o tema para hoje, ainda que seja impossível não abordar a questão polémica de Espinho.
Espero vir a ter tempo para abordar o tema de hoje.
É essa a temática que iremos tentar abordar!
Trazemos hoje um outro tema, diferente, a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
Será um programa e um tema que recomendo vivamente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Estão, assim, criadas duas janelas de oportunidade, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo não semelhantes.
São dois programas, duas oportunidades, com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Creio que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona televisiva...

O CASO DA PROFESSORA DA ESCOLA DE ESPINHO


Pela sua especificidade, O "caso da Professora Espinho" merece algumas considerações.
Mas, e principalmente, após algumas críticas que tenho vindo a receber na sequência das minhas declarações no debate televisivo de ontem, promovido pela "Porto Canal" integrado no programa PSI.
Não porque tenha que me justificar perante alguém.
A minha vida profissional e o meu percurso falam por si.
Acresce que cheguei a uma fase da minha vida em que faço aquilo que acho que devo, independentemente de já não achar necessário tentar agradar a gregos e a troianos, como soi dizer-se.
Mas a minha ética e, acima de tudo, a minha consciência, exigem que preste estas informações.

Eu considero que a professora da Escola EB 2/3, Sá Couto de Espinho falhou redondamente.
Digo-o e assumo-o.
Porque considero que o acto de docência deve ser um acto de informação/formação.
Porque considero que ser docente não pode, jamais, ser um exercício de poder, balofo, ufano e ridículo. O acto de docência deve ser, principalmente, integrador, protector e dialogante e não intimidatório e persecutório.
Porque considero que a Professora em questão praticou um atentado ao conceito de urbanidade e de cidadania dos adolescentes.
Porque considero que abordou questões do âmbito sexual dos jovens em presença, de forma grosseira e invasiva, quase pornográfica e fê-lo, também, com espírito de chantagem.

Questiono também o posicionamento dos adolescentes em questão que, em conluio com os pais, decidiram gravar em audio uma aula, sem prévio consentimento nem informação e, também, como forma de ataque à docente em questão.
Considero, ainda, que os adolescentes portugueses já não são os anjos barrocos de longos cabelos dourados em cachos, de olhar etéreo e pueril. Os adolescentes e jovens, inseridos na modernidade, sabem ser maquiavélicos e perversos.

Questiono, ainda, o posicionamento do Conselho Executivo da Escola que aguardou três anos para tomar uma medida, dado que este assunto já era conversa de corredores, há largos tempos.

Questiono, ainda, se este titubeamento de posição esteve relacionado com o facto de se encontrarem em processo eleitoral para os Orgãos Executivos da Escola.

Questiono, ainda, a enorme falta de dados e detalhes com que este assunto tem vindo a ser lançado para a praça pública, ameaçando ser um linchamento na praça.

Questiono, ainda, o voyeurismo com que a Imprensa tem aludido ao caso, numa nítida falta de ética, seguindo a máxima romana de "sangue, suor e arena".

Questiono, ainda, o poder político, que ao abrigo de interesses escusos, tem aproveitado, por um lado, para criticar o acto da docência e os seus profissionais e, por outro lado, volta a recolocar na agenda política a existência ou não da Educação Sexual, aproveitando este exemplo para tentar denegrir de forma cobarde, ínvia e escusa, a urgência da criação da Educação Sexual nas Escolas, de que os nossos jovens e professores tanto necessitam.

Em jeito de conclusão aproveito para chamar à colação o facto de a docente ter abordado questões de sexualidade na aula de História, precisamente ao abrigo da Lei que eu tanto critico e que consigna a transversalidade da referida abordagem, permitindo que em todas as disciplinas possam ser abordadas questões sobre Sexualidades por profissionais não especificamente preparados nem formados na área.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DEBATE TELEVISIVO SOBRE O CASO DE ESPINHO


Hoje estarei na televisão, em directo, às 22horas, durante uma hora, na Porto Canal, a participar num debate, organizado pelo programa PSI - Porto Sobre Investigação.
O Debate será sobre o caso da Professora de Espinho, suas condicionantes e envolventes.
Comigo estarão em estúdio:

um estudante representante da SEQSO
um elemento do Sindicato de Professores do Norte
uma Psicóloga
um membro da Confederação de Pais

Prevejo um debate quente que aconselho vivamente.
Penso que o tiro de partida será a questão da Professora de Espinho e, a partir deste epifenómeno, iremos cair em cheio num debate sobre Educação Sexual.
A ver vamos...mas recomenda-se!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Professora suspensa por falar sobre orgias sexuais a alunos @ SIC 2009

Mais uma prova, de tantas, de que é necessária a criação da Educação Sexual, de forma oficial, contextualizada, científica e credível...também para Professores.

terça-feira, 19 de maio de 2009

IEFP

O Instituto de Emprego e Formação Profissional, IEFP, "apagou" dos seus ficheiros 15 mil desempregados, o que parece ser uma prática recorrente.
Apagou?
Como?
Porquê?
Quem foi o autor?
Quem é o responsável?
Quem vai ser penalizado?
....
Ninguém?!!!
Porquê?
Entrámos, definitivamente, no sistema de impunidade total?
Leio, agora, que o Presidente do IEFP decidiu "agir criminalmente"contra o Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego, por terem denunciado o caso.
Mas está tudo louco????
Passa a ser condenado quem denuncia e não quem erra?
Este não é o meu País!!!

PRECARIEDADE...

Um francês, desempregado, colocou um anúncio na Internet, oferecendo um rim em troca de um emprego fixo...
Leio e paro absorto.
Estupidez?
Necessidade dos seus cinco minutos de glória e fama?
Ou, bem pelo contrário, a evidência máxima de um total desespero?
Opto por esta última hipótese...
Grotesco mundo este em que vivemos.
Esta nem Orwell conseguiu inventar.

"LOW COAST" E FLORES...

O conceito "low coast" parece ter chegado às flores.
Quando li isto, pensei de imediato em flores com algum tempo, eventualmente perto de atingirem o seu prazo de validade ou mesmo com alguma deficitária qualidade.
Afinal parece não ser o caso...
O que, contudo, levanta outras questões.
Mas vamos por fases...
Uma empresa, a "Monceau Fleurs", que está a ser um caso de sucesso e que chega, agora, a Portugal, vende flores a baixo preço (cerca de 1.90 euros), prometendo aliar o preço à qualidade...
Caso único, obviamente!
Mas apetece perguntar...
Se alia o preço à qualidade, isso significa que o preço praticado pela concorrência se encontrava muito inflacionado?...
Lucros desmedidos?
Num sentido mais lato, servirá a crise, também, para normalizar os preços dos produtos?
Enfim...

domingo, 17 de maio de 2009

Norway - Points: 387 - Place: 1st

E assim terminou o Eurofestival.
Quanto a Portugal, uma vez mais, uma modesta posição...15º

sábado, 16 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ADRIANO VAZ SERRA E JOÃO MARQUES TEIXEIRA

A Homossexualidade deixou de ser considerada doença a nível mundial a partir do momento em que a APA ( Associação de Psiquiatria Americana), em 1973, a retirou da lista das perturbações psiquiátricas.
Em 1973!!!
Desde então, tem vindo a ser percorrido um trajecto científico e pedagógico no sentido da linear e justa aceitação desta orientação sexual, a nível médico, institucional e governamental, num primeiro momento pelo direito à diferença e, numa segunda fase, pelo direito à indiferença.
Escandalizam, pois, as recentes declarações do psiquiatra Adriano Vaz Serra, Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria, e de João Marques Teixeira, Presidente do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos.
Estes dois clínicos, em entrevista ao jornal "Público", a 2 de Maio, afirmam ser possível condicionar medicamente a orientação sexual e a identidade de género.


E Marques Teixeira vai mais longe quando sugere o "reenquadramento" (farmacológico?) da orientação sexual.
E estas afirmações chocam, de forma violenta, pela imprecisão científica, pela inverdade médica e, principalmente, pela dúvida que suscitam e pelos fantasmas que tentam fazer regressar à sociedade portuguesa.
Quando Marques Teixeira fala em "reenquadramento da identidade de género", apetece-me questionar se considera farmacologicamente possível "transformar" um heterossexual em homossexual? Não? Então porque sugere que o inverso é possível?
Ancestralidade boçal a vir ao de cima?
Mas continuemos...
Como Sexólogo, como Professor Universitário, como Médico, como Homem e como Pai, refuto, veementemente esta caterva de aleivosias.
Também por isso faço sempre questão de afirmar, desde há muitos anos de prática profissional, que há uma enorme diferença entre ser Médico e ser licenciado em Medicina...
Adriano Vaz Serra e João Marques Teixeira deveriam ler, conhecer e entender a História Universal...
Também esta foi uma horrenda área de experimentação supostamente médica nos campos de concentração nazis!

IGNORÂNCIA...


"Como isto vai, aulas de Educação Sexual, preservativos grátis, computadores com Internet grátis para poderem ver pornografia, daqui a pouco é só cenas de sexo em qualquer canto da escola..."

Acabo de ler este excerto num jornal diário, numa daquelas rubricas de cartas do leitor.
E faço um esgar, qual esboço de um sorriso desiludido...
Afinal, continuamos na mesma por este País fora, apesar dos laivos de modernidade, qual verniz de fraca qualidade e de frágil camada!
Continuamos mesquinhos, pobres de espírito, pequenos nas ânsias e nos saberes, mas grandes nas invejas e nos ódios.
Quando se convencerá este povo, de que as aulas de Educação Sexual, baseadas no binómio informação/formação, não servirão para destapar a "Caixa de Pandora"?
Pelo contrário, todos os estudos, científicos credíveis, realizados recentemente, revelam que quanto maior for o índice de informação/formação na área das Sexualidades que os jovens tenham, mais consciente e tardio é o seu início, em termos de actividade sexual, assim como aumenta o coeficiente de prevenção de comportamentos de risco?!
Enfim!!!!

TV


Novo dia de maratona televisiva.
Assim, às 20.15 estarei, em directo, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que será a minha décima oitava participação, como sexólogo residente do programa.
Hoje o tema a abordar será o "A disponibilização gratuita de preservativos nas Escolas".
Eu continuo a defender o importante papel da prevenção nas Escolas, na área das Sexualidades. Com a gravidez na adolescência à cabeça, mas não esquecendo as Doenças Sexualmente Transmissiveis e a SIDA.
Assim sendo, não me repugna, bem pelo contrário, que nas Escolas sejam disponibilizados preservativos, obviamente de forma gratuita.

Depois, à 1.00, irá para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 78ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será a continuação da "A liberdade na relação".
Uma questão polémica...
A liberdade nas relações.
A liberdade enquanto noção da responsabilidade.
A liberdade que, sendo minha, termina quando começa a liberdade de quem está comigo em relação.
É essa a temática que vamos abordar!
Trazemos hoje um outro tema, diferente, a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
Será um programa e um tema que recomendo vivamente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Estão, assim, criadas duas janelas de oportunidade, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo não semelhantes.
São dois programas, duas oportunidades, com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Creio que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona televisiva...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Festival da Canção 2009 - Flor-de-Lis (High Quality)

Esta é a canção que irá representar Portugal, hoje, no Eurofestival da Canção 2009, em Moscovo.
Sim!...
Eu sou um eterno adepto destas "andanças festivaleiras"...
:))))))

sexta-feira, 8 de maio de 2009

TV


Novo dia de maratona televisiva.
Assim, às 20.15 estarei, em directo, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que será a minha décima setima participação, como sexólogo residente do programa.
Hoje o tema a abordar será o "O Sex Lab".
O papel da investigação académica na área das Sexualidades e todo o seu contributo para a evolução das Sexualidades e Afectos em Portugal.

Depois, à 1.00, irá para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 77ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será a continuação da "A liberdade na relação".
Uma questão polémica...
A liberdade nas relações.
A liberdade enquanto noção da responsabilidade.
A liberdade que, sendo minha, termina quando começa a liberdade de quem está comigo em relação.
É essa a temática que vamos abordar!
Trazemos hoje um outro tema, diferente, a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
Será um programa e um tema que recomendo vivamente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Estão, assim, criadas duas janelas de oportunidade, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo não semelhantes.
São dois programas, duas oportunidades, com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Creio que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona televisiva...

domingo, 3 de maio de 2009

MINISTRO DA JUSTIÇA...ALBERTO COSTA


Recebi este e-mail, que é um acto de denúncia e aqui o deixo, sem mais comentários.
Fala por si...

"Explicação:


1. Sabem em que consiste a "manutenção" do site do ministério da justiça ?


Não ? Ok ! Eu esclareço: trata-se de actualizar conteúdos, um trabalho que
provavelmente muitos dos v/filhos fazem lá na escola ou em casa "com uma
perna às costas". Por falar em "costas" acham que o ministro Costa recorreu
ao otl e pediu um puto qualquer para tratar do assunto ? Não ! Trata-se de
uma tarefa altamente técnica que justifica uma remuneração de 3.254,00 euros
mais o subsídio de almoço, claro !


2. E sabem quem tem o perfil adequado a essa extremamente especializada
função ?


Não ? Ok ! Eu esclareço. Trata-se de Susana Isabel Costa Dutra. Susana
Isabel Costa Dutra, é ( por um acaso daqueles que só acontecem em Portugal)
filha do ministro Alberto Costa.


Et OUI !


Se puderem espalhem pois pode haver alguém que não tem acesso ao Diário da
República, ficando assim prejudicado de saber que "lá vamos, cantando e
rindo, levados, levados sim..." "

DIA DA MÃE


Era uma flor!
Não era uma flor igual a tantas outras flores...
Era, talvez, a mais bela e doce flor que os olhares do Mundo tinham visto.
Vistosa, alegre, colorida, ternurenta, suave ao toque, doce e meiga, como não havia nenhuma outra.
E o menino, que de tão pequenino que era, nem sequer tinha forças para se erguer ou para comer sozinho, quando abriu os olhos e a viu... sorriu!
Tinha visto a flor...
Aquela flor tão bela e doce.
Era a sua flor!
E chamou-lhe Mã...
Ficou a ser a sua Flor-Mã...
O tempo foi passando, umas horas mais lentas outras tão rápidas que nem um pestanejar conseguia acompanhá-las...
E o menino começou a crescer.
Primeiro passaram as horas, depois os dias, então os meses e por fim os anos.
E o menino foi crescendo, crescendo, crescendo, até que se tornou um Homem, pertença daquele sítio onde vivem todos os homens.
Mas este menino crescia diferente.
Este menino, tinha a seu lado a mais bela e doce flor, vistosa, alegre, colorida, ternurenta, suave ao toque, doce e meiga, como não havia nenhuma outra.
Era a sua flor...
Era a sua Mã!
Companheira, amiga, guardiã...
A sua Mã estava sempre lá e isso, só por si, inundava o menino de alegria... o prazer da companhia, da presença, a sensação doce de se sentir amado.
Até que o dia chegou...
Um daqueles dias escuros, frios e amargos, daqueles que nunca deveriam chegar aos meninos.
Esse dia teria que chegar e, nesse momento, chegou mesmo!
O dia, de claro passou a escuro.
Os pássaros, calaram-se.
As águas, pararam.
Os outros meninos, deixaram de rir.
Tinha chegado a hora...
E a flor, vistosa, alegre, colorida, ternurenta, suave ao toque, doce e meiga, como não havia nenhuma outra partiu, deixando o menino sozinho... O menino que já não era, desde há muito, menino, sentiu-se de novo um menino, bem pequenino, só que agora... triste e só!
Com uma tristeza maior do que todos os oceanos juntos!
Com uma solidão maior do que todos os desertos unidos.
E, nesse dia, o menino, sentindo-se sem a sua flor, sentindo-se sem a sua Mã, percebeu, sentindo, a maior de todas as dores...
As dores violentas da saudade.
As dores violentas da ausência.
As dores violentas da partida, sem regresso...
A dor da partida da sua Mã!
Agora o menino sabe que já não mais verá a sua Mã... Mas também sabe que ela não mais sairá do seu coração, do seu cantinho mais doce e inocente.
Sabe que a sua Mã estará sempre presente, a seu lado, a sorrir consigo, a chorar consigo, a protegê-lo...
E isso é bom, muito bom!
Mas não chega.
Queria o menino poder, uma vez mais, apenas, olhar bem dentro da sua flor, olhar bem dentro da sua Mã e dizer-lhe, no tom que só os meninos sabem usar quando falam com as suas Mãs, bem baixinho... Adoro-te, Mã!

Susan Boyle - Britain's Got Talent - Show 1

A prova de que nem sempre o "invólucro" define o "conteúdo"...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

1º DE MAIO E MAYDAY...


Hoje comemora-se, em todo o Mundo, o 1º de Maio, dia internacionalmente consagrado ao Trabalhador.
Mas, desde 2001 que, partindo de Milão, se tem vindo a generalizar uma outra jornada mundial de contestação, designada por MayDay.
Mais do que uma parada ou uma luta, o MayDay pretende ser um movimento de "precários laborais e sociais".
Este acto de visibilidade contestatária chegou a Portugal, mais especificamente, a Lisboa, em 2007 e este ano, em 2009, estende-se, pela primeira vez ao Porto.
Tudo isto porquê?
Tanto só e apenas para tentar parar com a precariedade, realidade estranha mas que, devagar, se instalou a nível global, independentemente do país, da zona geográfica, da área laboral ou da faixa etária.
Basicamente, atinge não os "Filhos de um Deus Menor", mas os "filhos dos recibos verdes". Mas são, também, as vítimas das Empresas de Trabalho Temporário, os estágios abusivos e pagos muito abaixo do valor real, quem é afectado por toda esta realidade sufocante.
Genericamente, uma forma de iludir e captar gente para trabalhar, habitualmente a termo, sem condições sociais e, acima de tudo, com vencimentos inferiores ao normal.
Acima de tudo, uma realidade social e laboral injusta, abusiva, perigosa e, como o próprio nome indica, "precária"...
Nada melhor do que deixar a letra de uma canção que os participantes vêm trauteando, em tom provocador mas, também, de denúncia.

"Ora faz lá um
e depois faz outro.
É melhor três estágios
Que só dois é pouco...
(...)
Ai eu gosto tanto da minha empresa
Trabalho à borla
Com delicadeza...
(...)
Ai eu gosto tanto
De ser explorado
De dar o couro
E ter quarto alugado..."

TV


Hoje, dia 1 de Maio, data em que se comemora o Dia do Trabalhador, a minha participação televisiva será diferente.
Assim, só estarei no ar à 1.00, na Porto Canal, em directo, com a duração de uma hora, na 76ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será "O Desejo".
O que é o Desejo?
Quais as diferenças entre o Desejo e o Amor?
Segundo o "Kama Sutra", o manual do Amor, da Índia, do século V, o vocábulo "love" é proveniente do sânscrito "lubh", que significa desejar...
Quais as manifestações do Desejo?
Quais os agentes químicos que o provocam e que traduções têm a nível corporal?
Quais os sinais semiológicos a procurar numa vítima de Desejo?
Como se inicia tudo, no Ciclo Químico do Desejo e onde tudo termina?
É essa a temática que vamos abordar!
Estas e outras vertentes serão discutidas hoje.
Trazemos hoje um outro tema, diferente, a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
Será um programa e um tema que recomendo vivamente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Estará, assim, criada uma janela de oportunidade, para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Creio que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona televisiva...