segunda-feira, 28 de setembro de 2009

RESCALDO DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2009


ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2009

Abstenção - 39,4%


PS - 36,6% - 96 Deputados
PSD - 29,1% - 78 Deputados
CDS/PP - 10,5% - 21 Deputados
BE - 9,9% - 16 Deputados
CDU - 7,9% - 15 Deputados

Eu devo confessar que sempre gostei de política.
Filho e neto de personalidades políticas com algum relevo nacional, desde pequeno que fui integrado no que chamo um "habitat" político.
Nasci no meio de discussões políticas, cresci a ouvir grandes debates políticos mais ou menos localizados uns e alargados outros e atingi a adultícia considerando-me detentor de alguma cultura ideológica.
Lembro-me de, com 12 anos, me ter obrigado a ler o "Mein Kampf" de Adolf Hitler e, de seguida o "Das Kapital", de Karl Marx.
Pelo caminho fui devorando Engels, Hegel e muitos outros, passando por Maquiavel e Platão.
Lia coisas ideologicamente de Direita, com as quais concordava.
Lia coisas ideologicamente de Esquerda, com as quais entrava em consonância.
Escrevi e publiquei, num jornal diário português, o meu primeiro artigo ideológico, precisamente com 12 anos de idade.
"Pronto", dirão...
"Passou-se!"
Não!
De modo algum.
Esta introdução apenas serviu para explicar porque sempre considerei que tinha alguma qualidade e capacidade para fazer análise política.
Perguntarão..."com todo esse suposto arcaboiço porque nunca seguiu uma carreira política"?...
Simples!
Porque sempre achei que tinha uma coluna vertebral demasiado rígida e um conjunto de princípios que não me pemitiam, digamos, "adaptar" ao "diktat" de um qualquer partido político...sempre gostei de pensar e agir pela minha própria cabeça.
Mas regressemos ao fio condutor, como diria Rousseau.
Pois eu não entendo ou devo ser muito burro, alguns dos resultados que estas eleições hoje nos revelaram.
Em primeiro lugar não consigo perceber o elevado valor da abstenção.
Estamos num País em crise.
Saímos de quatro anos de uma governação que, nos mais diversos sectores, foi das mais conflituosas e conturbadas e, mesmo assim, 39,4% dos portugueses, mais de 3 milhões, estiveram a "marimbar-se" para este ano eleitoral?
Quando sabem que destas eleições sairia um Governo e, em consequência, medidas e um programa que irão governar, em princípio, durante quatro anos, Portugal?
"Inconsciência", dirão uns.
"Desinteresse", dirão outros.
Sinceramente preocupa-me este falta de cidadania o que me faz equacionar, de novo, até que ponto não deveria ser motivo de reflexão, à imagem de outros países, a obrigatoriedade de votar...
Mas isso seria outra questão, a recuperar noutro dia que não este.
Regressemos aos resultados eleitorais...
Estive a seguir atentamente todos os debates...
E pasme-se...todos ganharam!!!
Volto-me a questionar...se todos os partidos se apresentaram às eleições com um programa eleitoral e uma proposta de Governo e se apenas um ganhou e , em consequência, todos os outros não ganharam...então não perderam?
Perderam, digo eu, uma vez que todos eram candidatos a formar Governo...
Então porque é que todos dizem que ganharam?
Se um ganhou...os outros perderam...
Bem...
Prossigamos.
Analisemos os discursos de cada um dos partidos principais com representação parlamentar.
O Partido socialista ganhou...
Ok.
Realmente ganhou as eleições, ainda por cima numa conjuntura de crise e com elevada contestação social.
Mas perdeu, porque perdeu a maioria absoluta, perdeu em número de votos e perdeu em número de Deputados eleitos...isto já para não falar no imbróglio em que se meteu...qual será agora a máscara que José Sócrates colocará, para formar Governo?
A de autoritário?
A de dialogante?
Enfim, o tempo o dirá.
O PSD...
O PSD perdeu nitidamente, principalmente porque Manuela Ferreira Leite tem uma má imagem pública, desgastada, envelhecida, enfraquecida e fraquejante.
Porque não tem carisma e porque os cartazes escolhidos eram muito, mas muito maus.
Porque os debates televisivos lhe correram mal e porque nos comícios ela não consegue ser galvanizadora.
Isto já para não falar nos "tiros no pé" que foi dando durante a campanha, com especial ênfase para a deslocação à Madeira...alguém que mantém um discurso anti-corrupção, não se pode deslocar à ilha da Madeira e elogiar o "espírito democrático" que se vive na ilha...
E, convenhamos, o suposto "caso das escutas" não ajudou em nada.
O CDS/PP perdeu porque o seu programa não venceu.
Paulo Portas apresentava-se como candidato ao Governo de Portugal, com um programa eleitoral e não ganhou...
Por isso perdeu.
De qualquer modo conseguiu surpreender com o aumento da votação e consegue, ainda, galvanizar a campanha, nomedamente em determinados contextos, como as feiras e os mercados e junto a determinadas faixas de elite social liberal portuguesa.
O BE foi uma autêntica desilusão.
Com o "élan" trazido das Europeias sempre previ que o BE ficaria num muito cómodo 3º lugar...a correr bem, esperava uma votação de dois dígitos, a rondar os 20%.
Mas a campanha correu mal a Francisco Louçã, inclusive nos debates televisivos.
Louçã esteve tenso, agressivo, mesmo mal vestido, contraditório e, demasiado invasivo, nuns momentos e muito na defensiva, noutros.
E a população começou a descrer do discurso bloquista....
A dada altura Louçã prometia tudo a todos...lembro-me de o ouvir prometer colocar um gerador eléctrico em casa de um cidadão anónimo...
Louçã mostrou-se teórico, utópico, contraditório, fazendo com que a subida da sua votação ficasse muito aquem do esperado.
Creio mesmo que se a campanha se prolongasse por mais duas ou três semanas o resultado do Bloco poderia ainda vir a ser pior.
A questão do PPR de Louçã não ajudou, também.
Quanto à CDU...o discurso não consegue rejuvenescer porque até a própria imagem do lider surge gasta e envelhecida.
Jerónimo está velho e envelhecido, com uma imagem que já não vende, nem cativa.
Mas, até estes, no seu discurso, pelo que se ouve....ganharam!
E pronto...
É esta a análise que faço.
Preocupa-me, muito, agora, como se poderá governar este país, com este quadro parlamentar...desconfiando eu que todos os partidos rezam para que a legislatura só dure dois anos...

domingo, 27 de setembro de 2009

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2009


Hoje é o dia de Eleições Legislativas.
É imperativo votar!
Porque é uma decisão que influencia, directamente, a vida dos portugueses.
Porque vai condicionar a vida social, cultural, política, financeira de cada um de nós, para os próximos quatro anos.
Porque é uma decisão com demasiada importância para poder ser deixado a outros o poder de decidir.
Cada português tem a obrigação de assumir a sua escolha e acima de tudo a sua decisão, hoje, sem medos nem hesitações.
Até porque ninguém poderá criticar se não tiver participado no acto da escolha.
Por isso...
Vote!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2009

JÁ SE ESQUECEU?????













EU NÃO!!!!!

ELEIÇÕES 2009


Tenho que confessar...
Este ano eleitoral provoca-me expectativas sérias.
É um triplo acto aquele em que os portugueses vão participar. São as eleições para o Parlamento Europeu, para as Autárquicas e as Legislativas. Sendo três actos eleitorais, apresentam especificidades muito próprias.
As eleições europeias, o primeiro acto eleitoral de 2009, elegem os representantes portugueses ao Parlamento Europeu. Este costuma ser um acto com alguma simbologia, em termos de análise sociológica do País. É uma eleição habitualmente pouco participada, também porque os eleitos estão e mantém-se, infelizmente, distantes e distanciados do eleitorado que os elegeu. Acresce que existe o conceito, ainda que estereotipado, de que a instituição europeia é algo longínquo, desfasado da realidade, cujas decisões ou não afectam ou, se o fazem, é de forma muito relativa, o dia a dia dos portugueses.
Há, também, o preconceito de que este é um lugar e uma função pouco trabalhosos e, simultaneamente, muito rentável, financeiramente.
Até os “media” ajudam a vender a imagem, falsa, aceito, de que esta é a “reforma dourada” para um político. E não podemos esquecer que o português, para além de “voyeur” tem, também, como característica da sua personalidade, a pequena inveja, mesquinha, das conquistas e, principalmente, dos proventos financeiros dos outros.
Mas é preciso também assumir que este acto eleitoral costuma ser usado como um acto de punição do Governo em exercício.
Por outro lado 2009 é um ano de crise, forte, profunda, difícil e complexa, porque internacional. Além que, quando a crise atingiu Portugal e se fez sentir, em concreto, na população, já o País estava em crise. Assim sendo, ainda que não seja meu hábito fazer prognósticos, prevejo uma subida acentuada da abstenção, também como forma de repúdio, no sentido lato, do Governo, da acção governativa, da crise e da política em geral.
E esta deverá ser uma acção contestatária, a valorizar cuidadosamente.
Acessoriamente, prognostico uma descida no “score” atingido pelo Partido Socialista.
O PS é a imagem do poder e a população acha, creio, ser este o momento de exibir um significativo cartão amarelo, usando a gíria futebolística.
Convém, ainda, referir que o próprio Partido Socialista, historicamente tende a desvalorizar este acto eleitoral. Basta ver o cabeça de lista escolhido este ano que, não sendo a única opção disponível, se apresenta ao eleitor anónimo como uma figura desconhecida, distante, altiva, demasiado intelectualizada e com um discurso hermético, principalmente na essência.
Em termos genéricos, Vital Moreira consubstancia uma opção deficitária e assumo-o, mesmo tendo estima e consideração pelo candidato.
O Partido Social Democrata, por seu turno, não deverá conseguir um resultado muito expressivo que sirva de “élan” para a direcção presidida por Manuela Ferreira Leite.
A nova liderança do PSD não tem conseguido convencer o eleitorado, nem capitalizar o descontentamento generalizado da população, muito em parte devido à má estratégia que tem vindo a seguir, mas também por causa dos péssimos estrategas que a rodeiam e da má imprensa que a comenta. Desta forma a mensagem não tem passado e, quando o consegue, fá-lo de forma enviesada.
Até as lutas internas, verdadeiramente intestinas, têm contribuído para descredibilizar os actores e fragilizar a líder.
Este mau resultado poderá vir a ser atenuado ou agravado consoante o cabeça de lista escolhido, ainda no segredo dos Deuses e numa tentativa, aparentemente cautelosa, de não valorizar, em demasia, o referido acto eleitoral.
O PCP e seus satélites não deverão conseguir atingir resultados surpreendentes. Em Portugal, neste momento, o Partido Comunista encontra-se entalado entre um Partido Socialista, de Governo, que à medida que a crise se agrava se tem vindo a esquerdizar, como lhe será conveniente e um Bloco de Esquerda, reinvidicativo e pujante, que soube conquistar, sem dúvidas, a liderança da Esquerda que faz ruído e é ouvida.
Mesmo com Jerónimo de Sousa ou até por causa dele, o PCP parece não conseguir força para reverter a tendência descendente que se vem fazendo sentir.
Ao CDS ou PP, consoante a fase e a liderança, não auspicio grande resultado, principalmente porque o partido se tem vindo a esvaziar, nos últimos tempos, muito por culpa de Paulo Portas. O CDS/PP poderá vir a readquirir importância e visibilidade mas unicamente na dependência dos resultados a obter nas próximas eleições legislativas e, consequentemente, no interesse e disponibilidade manifestados para cooperar numa aliança, inclusive de vertente governativa.
O Bloco de Esquerda, por seu turno, deverá vir a constituir a grande surpresa do primeiro acto eleitoral de 2009. Tem sido um partido interventivo, que tem vindo a saber aumentar a visibilidade e com boa imprensa. O partido liderado por Francisco Louçã tem conseguido capitalizar o descontentamento popular e adoptado algumas bandeiras, como vectores de intervenção, acutilantes e certeiras. Pena é que o seu líder não consiga descolar de uma imagem austera e pesada, rígida e quase agressiva, que não consegue agradar a alguns sectores do eleitorado.
Acredito que o BE possa atingir os dois dígitos com facilidade, podendo aproximar-se da fasquia dos 20%. Todavia este pode vir a ser um resultado perigoso, porque irreal. Atingida esta ordem de valores, o resultado não representará o eleitorado real, nem um aumento, fidedigno, de votantes, significando apenas a capitalização, no momento, do eleitorado descontente, nomeadamente certas classes profissionais que foram nítidos alvos da estratégia e da acção governativas. Refiro-me, especificamente, aos funcionários públicos, aos professores, aos enfermeiros, às forças de segurança, enfim, a estratos profissionais poderosos, com sentido crítico e estratégico. Assim sendo o BE pode correr, a breve prazo, o perigo de repetir o fenómeno PRD, podendo ser-lhe fatal.
No que concerne às eleições autárquicas, estas são atípicas porque aí não funciona a ideologia politica nem a simpatia partidária. Neste caso funcionam, inquestionavelmente, o candidato, o percurso e as propostas, independentemente do partido ao abrigo do qual se candidata.
Mas o grande momento eleitoral, a verdadeira batalha, serão as eleições legislativas.
Aí sim, discutir-se-ão os projectos e o caminho para o País.
A grande distância e condicionado por diversos itens, nem todos conhecidos, creio que o resultado mais provável será a vitória do PS, ainda que perdendo a maioria absoluta.
Nesse caso poderá vir a desenhar-se, de forma consistente, a hipótese de constituição de um novo Bloco Central, que contará com a discreta anuência da Presidência da República, tendo como principal justificação a crise e os interesses nacionais.
Esta será, todavia, uma solução que jamais terá a minha simpatia.
A ver vamos...

Manuel Damas in "Revista do Sindicato Independente de Professores e Educadores", 2009

Publiquei aqui este artigo, a 6 de Abril de 2009.
Hoje, 25/9/2009, poucas foram as coisas que saíram com desvio.
Deixo, à reflexão...

TV...


Às 0.30, irá para o ar, na Porto Canal, em directo, com a duração de uma hora, a 87ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

Com novo horário, agora 30 minutos mais cedo, com novo cenário e retemperados pelo descanso das férias é possível começar a nova época com novas energias.
O tema a abordar hoje é a continuação da emissão da semana passada, ou seja, "A nova Lei de Educação Sexual, publicada a 6 de Agosto".
Uma questão polémica...
Uma nova Lei...
Uma nova realidade...
As mesmas críticas e outras que surgem, agora, com os enormes erros que esta nova realidade legal cria.
A Educação Sexual mantém-se transversal...
E eu sou um forte crítico da transversalidade da Lei.
Sei que o facto da Educação Sexual poder ser abordada nos mais diversos contextos disciplinares facilita que não seja abordada em nenhum.
Porque os "curricula" são extensos.
Porque é um tema fracturante.
Porque a ordem de prioridades torna-se menos problemática, supostamente se o tema for deixado esquecido.
Com a definição de seis horas/ano para os mais novos até um máximo de 12 horas para os anos mais avançados é tornar a questão ainda mais conflituosa.
É impossível conseguir falar de temas tão díspares como as Sexualidades, os Afectos, a Luta contra a Discriminação de Género, a Gravidez não Desejada, só para citar alguns dos itens programáticos, em 6-12 horas/ano. Pensar em tentá-lo é, no mínimo, obsoleto.
O facto de deixar às Escolas a liberdade de execução torna, ainda, o processo mais complexo e discricionário.
É, ainda, necessário alertar para o facto de, na grande maioria das Escolas, este tema estar a ser entregue aos Professores de Educação Física, o que se torna caricato e pode condicionar o tipo de abordagem e as estratégias a utilizar.
Também dramática se torna a realidade quando os tempos estão condicionados pela ameaça que é, hoje, a probabilidade da Gripe A.
E isto afecta, uma vez que nas aulas de 45 minutos os ultimos 20-30 minutos são dedicados aos alunos se lavarem e lavarem os materiais e as salas de aula...
Estamos a falar de 45 minutos menos 20 a 30.
Dir-me-ão...todas as aulas estão a ser afectadas...
Mas as outras disciplinas não estão condicionadas a uma carga horária de 6-12horas/ano!
Tudo isto para dizer que a questão, neste momento, é perfeitamente ridícula, principalmente da forma que está a ser executada.
E é esta a temática que iremos abordar nesta emissão, desta terceira época do SAM-TV!
É um outro tema, diferente, abordado com clareza, de forma informal, mas trabalhado, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
A intenção é, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
É mais uma janela de oportunidade, para abordar, com especificidades próprias, em contexto televisivo e em directo, questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
À 1.30 da manhã, quando abandonarmos as instalações da televisão, sairemos cansados mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansiosos pela próxima maratona televisiva...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos



CARTA DE INTENÇÕES




PROMOVER A IGUALDADE


COMBATER TODOS OS ACTOS DISCRIMINATÓRIOS, ESPECIALMENTE OS DE GÉNERO


DENUNCIAR TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA, INCLUSIVE A SEXUAL


APOIAR E DIVULGAR AS DIVERSAS ESTRATÉGIAS DE VIVENCIAR OS AFECTOS


EXIGIR UMA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA


LUTAR PELA UNIVERSALIDADE DO DIREITO À FELICIDADE

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ESPAÇO T



Associando-me a uma iniciativa extraordinária do Espaço T, que foi a Exposição do Homem T, decidi estar presente no Leilão das diversas esculturas que tinham sido expostas.
Fazendo maior solidariedade, para além da minha presença, decidi adquirir um dos Homens T, aquele que mais me tinha seduzido.
E, assim foi.
Depois de uma razoável luta de licitações, lá consegui comprar aquele que queria...
Poderia ter trazido outros dois mas o espaço e a realidade não o permitiram...
Pena foi que o leilão não tivesse tido mais participação por parte da população, quer dos anónimos quer, mesmo, das entidades oficiais, públicas e privadas.
Se assim fosse, em vez de terem sido vendidas 28 estátuas, teriam sido vendidas as 100 que estavam em licitação.
À reflexão de todos os que faltaram...e que lá deveriam ter estado, por uma questão de responsabilidade social.
Mas, enfim...

TV...


Na sexta-feira retomei a minha presença na televisão.
Assim, às 20.30 fomos entrevistados, eu e a Maria José na Porto Canal, no programa "Porto Alive" pela Maria Cerqueira Gomes, para falarmos sobre as expectativas, os planos e as mudanças no que será esta terceira época do "Sexualidades, Afectos e Máscaras".
Foi uma entrevista leve e bem humorada em que pudemos descrever as nossas intenções para o terceiro ano do SAM-TV.

Depois, às 0.30, foi para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 86ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

Com novo horário, agora 30 minutos mais cedo, com novo cenário e retemperados pelo descanso das férias foi possível começar a nova época com novas energias.
O tema abordado foi "A nova Lei de Educação Sexual, publicada a 6 de Agosto".
Uma questão polémica...
Uma nova Lei...
Uma nova realidade...
As mesmas críticas e outras que surgem, agora, com os enormes erros que esta nova realidade legal cria.
A Educação Sexual mantém-se transversal...
E eu sou um forte crítico da transversalidade da Lei.
Sei que o facto da Educação Sexual poder ser abordada nos mais diversos contextos disciplinares facilita que não seja abordada em nenhum.
Porque os "curricula" são extensos.
Porque é um tema fracturante.
Porque a ordem de prioridades torna-se menos problemática, supostamente se o tema for deixado esquecido.
Com a definição de seis horas/ano para os mais novos até um máximo de 12 horas para os anos mais avançados é tornar a questão ainda mais conflituosa.
É impossível conseguir falar de temas tão díspares como as Sexualidades, os Afectos, a Luta contra a Discriminação de Género, a Gravidez não Desejada, só para citar alguns dos itens programáticos, em 6-12 horas/ano. Pensar em tentá-lo é, no mínimo, obsoleto.
O facto de deixar às Escolas a liberdade de execução torna, ainda, o processo mais complexo e discricionário.
Foi, ainda, necessário alertar para o facto de, na grande maioria das Escolas, este tema estar a ser entregue aos Professores de Educação Física, o que se torna caricato e pode condicionar o tipo de abordagem e as estratégias a utilizar.
E foi esta a temática que foi abordada na primeira emissão desta terceira época do SAM-TV!
Terminado o tempo, foi necessário prolongar o tema para a próxima emissão, tendo em conta a quantidade de telefonemas e de SMS recebidos.
Foi um outro tema, diferente, abordado com clareza, de forma informal, mas trabalhado, em estilo tertuliano, com os nossos espectadores.
Porque este é o Mundo do dia a dia, a vida real.
A intenção foi, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar sobre o tema.
Mas houve, ainda, oportunidade, para apresentar a CASA - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos, enquanto destaque positivo.
Em alguns minutos foi possível anunciar o projecto e delinear a sua Carta de Intenções, os seus objectivos e as metas que se propõe alcançar.
Foram, assim, criadas duas janelas de oportunidade, em televisão, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo não semelhantes.
Foram duas oportunidades, com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões, na área das Sexualidades e dos Afectos, nomeadamente a nível da intimidade e da afectividade.
Foi, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
À 1.30 da manhã, quando abandonámos as instalações da televisão, saímos cansados mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansiosos pela próxima maratona televisiva...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MANIFESTO DE BARACK OBAMA AOS ESTUDANTES NO INÍCIO DO ANO LECTIVO



Numa lição de enorme universalidade e cidadania à escala global, Barack Obama lançou um Manifesto aos Estudantes, no início do ano lectivo.
A ler, reler e reter!

"Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.

Também conheço essa sensação. Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.

A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."

Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.

Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.

No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.

E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.

Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.

Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.

No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.

E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante. O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.

Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.

Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis. Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.

Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.

Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.

Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.

A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês. Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.

E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.

Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.

E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.

A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos. E eu espero que vocês façam o mesmo.

É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.

Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente. Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.

No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."

Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.

Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.

Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.

E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.

A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.

É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.

Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?

As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

LA FETE by Rodrigo Leao

Rodrigo Leão...um projecto, também de uma vida...e único!

sábado, 5 de setembro de 2009

CASA


Eu confesso que tenho andado algo distanciado do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" -blog.
É uma realidade, assumida e confessada.
Não por desmotivação ou por qualquer ordem de problemas, que os tenho, como todos nós.
Mas não!
O verdadeiro motivo tem sido o nascimento de um projecto novo.
A criação da CASA.
A CASA é, desde há muito tempo, um sonho que vem germinando na minha cabeça e que tem vindo a ser adiado de ano para ano, para minha tristeza.
Este ano, com a congregação de diversos factores, surgiu a oportunidade, única, de avançar e, após demorada reflexão, resolvemos ir em frente e em força.
Mas o que é, afinal, a CASA?
A tradução das iniciais é...CENTRO AVANÇADO DE SEXUALIDADES E AFECTOS.
É uma Associação sem fins lucrativos cuja principal intenção é trabalhar em prol das Sexualidades e dos Afectos.
É uma Associação com sede no Porto mas que se pretende de âmbito nacional.
Pretende-se com iniciativas sócio-culturais, educativas, artísticas e de intervenção social.
Será um espaço para Congresso, Exposições, Oficinas, Debates, Tertúlias, Cursos de Formação, Consultas de apoio Médico, de Psicologia e Jurídico.
Mas será, também, um espaço de acolhimento, de convívio, de debate.
Terá, também, papel de denúncia, de apoio, de divulgação, de protecção, de acolhimento, de exigência, de reivindicação, tudo no âmbito das Sexualidades e dos Afectos.
Em termos genéricos, como se lê na sua Carta de Intenções, são intenções da CASA...

Promover a Igualdade

Combater todos os actos discriminatórios, especialmente os de género

Denunciar todas as formas de violência, inclusive a sexual

Apoiar e divulgar as diversas estratégias de vivenciar os Afectos

Exigir uma disciplina de Educação Sexual na Escola

Lutar pela universalidade do Direito à Felicidade.

Como se vê é um projecto extraordinariamente ambicioso, que se pretende de âmbito nacional e que já cumpriu as diversas etapas de constituição oficial e que teve a sua primeira Assembleia Geral, no dia 3/9/2009, na Sede Nacional do Sindicato Independente de Professores e Educadores.
Por tudo isto e tudo aquilo que implica, em termos de reuniões, de contactos, de trabalhos, é que eu me vi obrigado a estar mais ausente deste blog.
Mas a CASA vai em frente e o SAM também, com a união das mais diversas vontades e contributos.
Agora sim, já pude revelar o motivo justo de algum afastamento da minha parte, perfeitamente justificado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TV...


Ainda em horário de Verão, mas já de regresso de férias, a minha participação televisiva ainda está calma e tranquila, uma vez que o "Sexualidades, Afectos e Máscaras" se encontra de férias.
Assim, às 20.15 estive na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que é a minha vigésima nona participação, como sexólogo residente.
Hoje o tema abordado será "O Brasil e as Sexualidades".
A forma despreocupada com que o brasileiro vive os seus Afectos.
Com erotismo.
Com sensualidade.
Com um assumido culto do corpo.
Com descomplexificação.
Com musicalidades.
Com alegria.
Com cor.
Tão, mas tão diferente da nossa maneira portuguesa de viver as coisas...
Será um programa diferente, que aconselho.

Será um programa que, obviamente, recomendo, até porque irá abordar um tema diferente.
A intenção será, uma vez mais, efectuar uma abordagem com a frontalidade obrigatória que os espectadores exigem e merecem.
A motivação é, acima de tudo, tentar dialogar.
Será uma sexta-feira calma, mas passada com enorme prazer.