sexta-feira, 29 de maio de 2009
MPI
Encontra-se, em criação, um movimento que se pretende da sociedade cicil, intitulado Movimento pela Igualdade, MPI, vocacionado para questões fracturantes mas actuais, de cidadania e de igualdade de género.
Este movimento pretende debater questões polémicas como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre outras matérias que perturbam e condicionam os direitos humanos, principalmente das pessoas LGBT.
Foram convidadas personalidades conhecidas da dita sociedade civil para subscreverem este documento e, acima de tudo, para apoiarem e darem a cara por este tema.
Assim, aceitaram subscrever o documento nomes conhecidos como:
Alexandra Lencastre,
Alexandre Quintanilha,
Ana Zanatti
António Avelãs,
António Costa,
António Marinho Pinto,
Boaventura de Sousa Santos,
Bruno Nogueira,
Carlos Fiolhais,
Catarina Furtado,
Daniel Sampaio,
Diogo Infante,
Fátima Lopes,
Fernando Rosas,
Graça Morais,
Herman José,
José Saramago,
Julião Sarmento,
Lídia Jorge,
Miguel Sousa Tavares,
Maria de Fátima Bonifácio,
Maria Rueff,
Maria Velho da Costa,
Merche Romero,
Nuno Lopes,
Odete Santos,
Paulo Pires,
Pedro Marques Lopes,
Pepê Rapazote,
Piet-Hein Bakker,
Ricardo Araújo Pereira,
Rosa Mota,
Rui Rangel,
Sérgio Godinho,
Soraia Chaves,
Teresa Beleza,
Teresa Guilherme,
Vasco Rato,
entre muitos outros.
Eu também fui convidado e aderi prontamente a esta causa, por uma questão de dignidade e de cidadania.
Abaixo fica o manifesto que será apresentado publicamente no domingo dia 31 de Maio, pelas 16 horas, no Cinema S.Jorge, em Lisboa.
MOVIMENTO PELA IGUALDADE no acesso ao casamento civil
A igualdade no acesso ao casamento civil é uma questão de justiça que merece o apoio de todas as pessoas que se opõem à homofobia e à discriminação. Partindo da sociedade civil, a luta pelo acesso ao casamento para casais de pessoas do mesmo sexo em Portugal conta neste momento com um crescente apoio político e social. Nós, cidadãos e cidadãs que acreditamos na igualdade de direitos, de dignidade e reconhecimento para todas e todos nós, para as/os nossas/os familiares, amigas/os, e colegas, juntamos as nossas vozes para manifestarmos o nosso apoio à igualdade.
Exigimos esta mudança necessária, justa e urgente porque sabemos que a actual situação de desigualdade fractura a sociedade entre pessoas incluídas e pessoas excluídas, entre pessoas privilegiadas e pessoas marginalizadas; Porque sabemos que esta alteração legal é uma questão de direitos fundamentais e humanos, e de respeito pela dignidade de todas as pessoas; Porque sabemos que é no reconhecimento pleno da vida conjugal e familiar dos casais do mesmo sexo que se joga o respeito colectivo por todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, e pelas famílias com mães e pais LGBT, que já são hoje parte da diversidade da nossa sociedade; Porque sabemos que a igualdade no acesso ao casamento civil por casais do mesmo sexo não afectará nem a liberdade religiosa nem o acesso ao casamento civil por parte de casais de sexo diferente; Porque sabemos que a igualdade nada retira a ninguém, mas antes alarga os mesmos direitos a mais pessoas, acrescentando dignidade, respeito, reconhecimento e liberdade.
Em 2009 celebra-se o 40º aniversário da revolta de Stonewall, data simbólica do início do movimento dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. O movimento LGBT trouxe para as democracias - e como antes o haviam feito os movimentos das mulheres e dos/as negros/as - o imperativo da luta contra a discriminação e, especificamente, do reconhecimento da orientação sexual e da identidade de género como categorias segundo as quais ninguém pode ser privilegiado ou discriminado. Hoje esta luta é de toda a cidadania, de todos e todas nós, homens e mulheres que recusamos o preconceito e que desejamos reparar séculos de repressão, violência, sofrimento e dor. O reconhecimento da plena igualdade foi já assegurado em várias democracias, como os Países Baixos, a Bélgica, o Canadá, a Espanha, a África do Sul, a Noruega, a Suécia e em vários estados dos EUA. Entre nós, temos agora uma oportunidade para pôr fim a uma das últimas discriminações injustificadas inscritas na nossa lei. Cabe-nos garantir que Portugal se coloque na linha da frente da luta pelos direitos fundamentais e pela igualdade.
O acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, em condições de plena igualdade com os casais de sexo diferente, não trará apenas justiça, igualdade e dignidade às vidas de mulheres e de homens LGBT. Dignificará também a nossa democracia e cada um e cada uma de nós enquanto cidadãos e cidadãs solidários/as – e será um passo fundamental na luta contra a discriminação e em direcção à igualdade.
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12 comentários:
Caro amigo:
Estive fora uma semana e já nada me espanta !!!
Tudo isto me cheira muito mal...
Apetecia-me dizer :
tenham juizo !!!
Há tantas causas meritórias e gratificantes para dar o nosso contributo de cidadãos atentos deste Mundo tão diverso e diversificado...
Deixem-se de flashes efémeros e abram os olhos !!!
Esqueçam os momentos fátuos desta vida...
Meu caro bisturi....
Desculpa mas agora conseguiste tirar-me do serio.
Que te afecta que as pessoas do mesmo sexo possam casar?
Uma vez mais peço desculpa mas é por ideias e pensamentos como esse que este país continua na senda da mediocridade.
O livre direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo não tira nada à sociedade...apenas acrescenta, em dignidade, em liberdade, em democracia.
Espero que caias na real e revejas o teu pensamento.
Um grande abraço preocupado.
Enfim... até para isto se vê. Há alguns que deviam fazer testes psico-técnicos para poder ejercer a cidadania... verias como opinioes assim desapareciam num instante...
Já agora, pena tenho que hajas estado ausente uma semana, Bisturi. Porque nao te passas pelo tema "Professora suspensa por falar sobre orgias sexuais a alunos @ SIC 2009"???
Um abraço, Gunde. Espero que esteja tudo bem contigo.
Ó de Gondomar!!!
E se fosses até LAVAPIÉS ???
Ter com os teus amiguinhos da tua laia...
Lá é que te deves sentir no paraíso...
Tem juízo puto manhoso
Olá Manuel, por aqui tudo bem. Feliz tanto pessoalmente como no matrimónio.
Que falta faz a alguns este tipo de sucesso, nao é? Enfim... "Os caes ladram e a caravana passa".
De qualquer maneira, sempre é melhor estar rodeado de pessoas honestas e sinceras ainda que seja em lavapies, (bairro que por certo nao frequento tanto quanto gostaria) do que fozeiros hipócritas e más pessoas.
Um abraço, meu caro amigo.
;)
Oh Bisturi..e se nos acalmássemos?!
Bem...
Gunde...
Pára lá com isso!
:))))
Não vejo interesse nenhum no casamento de um modo geral. Mas se as pessoas quiserem casar com outras do mesmo sexo porque não o hão-de fazer?
Tempo houve já em que pessoas que não se quisessem casar, tinham grandes represálias sociais e outras, mesmo sendo um casal considerado normal (homem e mulher). Está em jogo a liberdade de escolha e por isso eu só posso estar de acordo.
abraço
As minhas mais sinceras desculpas, meu caro amigo.
Um enorme abraço cheio de saudades.
;))))))
Um grande abraço tb...
:))))))))))))))))))))))
Abreijos mil...
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