ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009

Daqui de Marrocos onde me encontro segui com interesse a contagem dos votos relativamente às Eleições Europeias.
Isto já para não dizer que apenas saí de Portugal depois de termos votado.
Com tanto interesse que, em dois computadores portáteis, no quarto, íamos acompanhado as projecções e os resultados divulgados pelas diversas televisões.
Surprendentes os resultados?
Sem dúvida...
Jamais pensei que o PSD conseguiria derrotar o PS da forma estrondosa como o fez.
Já, todavia, não constitui surpresa para mim o resultado brilhante do BE, ao conseguir colocar-se no terceiro lugar e que aqui previ há cerca de dois meses.
Mesmo o resultado do CDS não se revela tão mau como as diversas sondagens pareciam indiciar.
Todavia o facto verdadeiramente preocupante passa a ser a abstenção, facto que se pode tornar ameaçador para a Democracia.
Neste contexto, não será difícil que o debate em torno do voto obrigatório seja colocado, muito brevemente, na agenda europeia.
Será, agora, de equacionar a obrigatoriedade de votar?
Por um lado situa-se a liberdade que os cidadãos devem ter quanto à decisão de exercerem, ou não, o seu direito de voto.
Por outro, a necessidade de garantir a legitimidade democrática das decisões tomadas uma vez que cada vez mais têm como base o voto de uma cada vez mais preocupante minoria.
O desinteresse das populações relativamente às instituições que os governam, aos actos governativos e à escolha representativa democrática exigem reflexão, por uma lado e uma atitude pertinentemente preocupada mas assertiva, por outro.
A ver vamos...