terça-feira, 4 de novembro de 2008

ELEIÇÕES AMERICANAS 2008


O processo eleitoral americano é extremamente longo e complexo, para um país que possui o tamanho de um continente e detém mais de 230 milhões de habitantes.
"Et Pluribus Unum" («De muitos, sairá um») é o lema dos Estados Unidos da América e que tenta ilustrar a capacidade de representação do sistema americano...de entre muitos sairá um.
O sistema americano rege-se pelo bipartidarismo.
Na prática, ainda que não em teoria, apenas existem dois grandes partidos com real capacidade de exercício de poder...o Partido Republicano e o Partido Democrata, cuja simbologia é, respectivamente, o elefante e o burro.


Como é que um candidato conquista o apoio de um partido, e como é que cada partido escolhe o seu candidato?

O sistema americano centra-se nos processos de eleições primárias que são os "caucus" e "as primárias". Implicam meses e meses de manobras políticas, a fim de que, nas convenções nacionais, todos os representantes partidários aclamem, de forma unânime um só candidato.

Instituiu-se então o sistema de eleições primárias, ainda que, em alguns estados, se realizem os "caucus", reuniões nas quais os militantes inscritos, ou mesmo os simples simpatizantes do partido, escolhem os seus delegados à convenção nacional.
Todo este processo começa nove meses antes da eleição final, com o "caucus" de Iowa (um estado que tem uma população de três milhões de habitantes) e as primárias de New Hampshire (com uma população de menos de um milhão de habitantes). Os resultados das urnas, nesses dois estados, com apenas cerca de 2 % da população do país, influenciam decisivamente a escolha dos candidatos.

Este sistema, só por si, garante aos pequenos estados, logo no início do processo eleitoral, uma enorme importância, nomeadamente em termos de representatividade.
Se assim não fosse, o alto índice populacional de algumas grandes cidades desequilibraria o sistema de representatividade proporcional.

O sistema permite que cada região dê o seu contributo. Do Iowa, no Centro-Oeste, a New Hampshire, no Nordeste, a campanha das primárias e "caucus" passa então para o Oeste, o Sul e o Sudoeste do país. Os estados maiores e mais industrializados, como o Michigan, New York, Pensilvânia, Illinois, Texas e Califórnia, só intervém mais tarde.
Mas as subtilezas não param por aqui...os estados menores e as regiões menos populosas, que votam mais cedo, podem fazer surgir candidatos inesperados. É claro que mais tarde, os grandes estados, que têm maioria de votos nas convenções nacionais, podem acabar com as possibilidades de candidatos inesperados.
Num país tão grande e tão diversificado como os Estados Unidos, este processo surge como ideal.
Ultimamente, as primárias e "caucus" tornaram-se tão importantes que em ambas as convenções um candidato chega com o número suficiente de delegados comprometidos, de forma a obter a nomeação para candidato à presidência.

Acresce a isto que nos EUA os "media" têm um enorme poder, capaz de criar e alimentar um candidato, fazendo-o chegar aos degraus da Casa Branca.
Depois dos dois principais candidatos nomeados, a campanha eleitoral para a eleição final dura cerca de nove semanas ( do princípio de Setembro até à primeira semana de Novembro).
Mas há um último detalhe: o povo americano não vota directamente no presidente.
Vota em representantes para o Colégio Eleitoral, órgão que se reune semanas após as eleições para oficializar a eleição.
Mas até nesse aspecto o sistema tenta ser imparcial e justo... cada estado tem direito a um número de eleitores equivalente ao de senadores (dois por cada estado) e de deputados (proporcional à população). Assim, o Colégio Eleitoral tenta garantir que os estados menores tenham voz.

Em resumo, o processo eleitoral americano tenta reflectir a estrutura federativa dos EUA.
Este ano a luta trava-se entre as duplas Barack Obama/Joe Biden, pelo Partido Democrata e John McCain/Sarah Palin, pelo Partido Republicano.
Se este acto eleitoral apresenta um enorme peso para a realidade mundial, este ano surge com um peso acrescido em função da crise económica mundial que se encontra instalada.
Apesar do favoritismo claramente evidenciado pelas mais recentes sondagens, relativamente a Barack Obama há, claramente, condicionantes que poderão funcionar no derradeiro momento, tal como o efeito Bradley e, por isso, será obrigatório esperar pelos derradeiros resultados para um qualquer lado poder cantar vitória.

A ver vamos...

12 comentários:

Waldorf disse...

Eu gostava de ver!

Mas as *pi* das cataratas são mais teimosas que um burro, e para burro já basta...

já basta...


já basta o Statler!

Irra!

Manuel Damas disse...

Pois...condicionantes da idade...
:))))))))))))))))))))))))))))))

Waldorf disse...

Ou condicidade da iodantes!

Dantes é que era!!!!

Manuel Damas disse...

Iodo nao podes tomar..
Da-te cabo das artroses....

Waldorf disse...

Não posso?!

Oh Damas, então pode ser um bitoque bem passado!

Manuel Damas disse...

Bitoque também não...olha o colesterol!!!

Waldorf disse...

Então Damas, diz lá aí o que é que eu posso?

Calar-me talvez!

Ou talvez...



talvez...
Ouvir Pedro Abrunhosa!

Bah!!

Manuel Damas disse...

Não só!
Cozidos e grelhados, legumes e fruta.
E comer de 3 em 3 horas...
:))))))))))))))))))

Waldorf disse...

É muita regra para regrar!

Eu gostava mesmo era de regar qualquer coisa, mas a algália não permite!

Manuel Damas disse...

Podes sempre regar em sonho...
:))))))))))))))))))))))))

Waldorf disse...

Nem em sonho!
A partir de uma certa idade até os sonhos são cencurados!

Oh Fucking, fucking, fucking

Manuel Damas disse...

É a censura da faixa etária...
Ainda disso não fui vítima!!!