
A Igreja Católica anda em polvorosa...
O périplo do Papa por África, iniciativa que teria sido agendada com intenção ecuménica mas, também, de marketing, acabou por se tornar uma enorme dor de cabeça.
Após as declarações desastrosas e vazias de conteúdo científico de Bento XVI, acerca do preservativo e da SIDA, diversos prelados de relevo sentiram-se obrigados a vir a público tentar ajustar as declarações infelizes do Papa.
Quando o Papa diz "Não se resolve o problema da SIDA com a distribuição de preservativos. Pelo contrário, o seu uso agrava o problema" deveria saber que estava a ser impreciso científicamente, dogmático e a estragar, com uma declaração errada, muito do trabalho que as mais diversas ONG's têm vindo a travar, nomeadamente no continente africano, com a OMS à cabeça.
Logo a prelatura mundial decidiu acorrer em massa, tentando redireccionar as declarações do Sumo Pontífice.
Nesta fúria proteccionista do prelado, Portugal não fugiu à regra.
Mas também no caso português as intervenções têm sido desarticuladas e criadoras de ruído.
Assim, segundo o Bispo de Viseu, D.Ilídio Leandro, as pessoas infectadas com o virús da SIDA e com vida sexual activa devem usar preservativo.
"Têm uma obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa(...)Há a obrigação moral de usar o preservativo".
Por seu lado, o Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal, defendeu que "proibir o preservativo é consentir na morte de muitas pessoas".
O Bispo do Porto, D.Manuel Clemente, disse que "A grande solução para o problema da SIDA é comportamental.(...)Temos de considerar o que são expedientes (o preservativo), que terão cabimento nalguns casos, com a solução, que é do género comportamental".
Será que, com toda a confusão que grassa entre os responsáveis oficiais do dito "Reino de Deus", alguém se entende?
Por mim, chega de patetices!