A DORMIR...

Não sei que horas eram...
Nem interessava.
Acordei e senti o teu corpo junto ao meu, presente, quente, a suspirar de forma suave "Amo-te".
Abri os olhos e permiti-me o prazer e o gozo de ficar a olhar para ti, a ver-te, a saborear-te, também pelo olhar, à luz da penumbra.
Tentei memorizar todos os teus traços, mas seria impossível e injusto.
Os minutos foram passando, escoando-se pelo silencio da noite e continuei, absorto e deliciado...a olhar para ti.
Apetecia-me deixar-me tentar pelo egoismo e acordar-te, apenas para dizer...Amo-te!
Não o fiz, porém.
Não seria justo...mais!
Seria injusto.
Mas continuei a contemplar o teu rosto.
Tinha pena de não ver os teus olhos, de não poder mergulhar dentro deles, mas sentia o calor da tua presença.
De repente...sorriste.
Por momentos pensei que terias acordado, mas não. Continuavas a dormir.
Sei que o sorriso era para mim.
E assim adormeci, também eu a sorrir, de mãos dadas contigo, a correr pelo desfiladeiro do sono.
Amo-te!