domingo, 31 de dezembro de 2006
2006
2006 está prestes a acabar.
Se quiser salientar os que considero os principais momentos do ano que agora termina, saliento três:
- A eleição de Cavaco Silva
- A execução de Sadam Hussein
- O caso Gisberta
A eleição de Cavaco Silva vale por si só. Pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974, os portugueses elegem, ainda que sem grande surpresa, para a Presidência da República Portuguesa, uma personagem conotada com a área centro-direita.
Assume assim as funções uma personagem com um perfil diferente do habitual, pragmático, quase esfíngico, de perfil austero. Em simultâneo surpreende a estrondosa derrota de Mário Soares, especificamente contra Manuel Alegre. Sai, deste modo, pela porta pequena, um dos nomes mais marcantes da vida política em Portugal, dos últimos trinta anos.
A execução de Sadam Hussein, sem sequer questionar se merecida, dado ter sido o principal responsável pelo assassinato de milhares e milhares de oponentes, surpreende pela rapidez com que foi efectuada assim como a facilidade com que se executa um antigo Presidente da República de um País... fica-se, no mínimo, com uma sensação de acidez e, talvez, de que o processo se desencadeou de forma estranhamente rápida...
O caso Gisberta... um assassinato a frio, prolongado no tempo, com requintes de extraordinária malvadez, que foi, assuma-se, branqueado de forma inaudita, pelos principais responsáveis deste país.
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6 comentários:
e de todos estes acontecimentos...o único que me deixou feliz foi a eleição do Cavaco Silva, sim eu gosto de política, mas não sei bem qual o motivo que me faz gostar deste homem desde miúda.
a execução de saddam..bem, por mais surpreendente que seja, deixou-me triste. não que aquele homem não merecesse pagar por tudo o que fez, mas todos merecem morrer com dignidade. e aquilo foi sem dúvida um acto que nunca esquecerei.
sábado, dia 30 de Dezembro de 2006, plena hora do almoço, enquanto me concentrava no arroz de salpicão da minha mãe, sou obrigada a desviar a minha atenção para a cara de um homem, de certa idade, que estava a ser preparado para morrer, a morrar perante câmaras, para todo o mundo assistir. não satisfeitos, ainda filmam o homem, já cadáver, no chão embrulhado por qualquer coisa branca de onde apenas sobressaía a sua cabeça...ditador, assassino...o que quer que seja, fez-me chorar...porque ninguém merece morrer assim e ser exposto de tal forma.a morte dele mudou alguma coisa?penso que não...
enfim, mais um ano...
feliz 2007 professor
Bem...agora é a minha vez! :)
Afinal a menina também sabe pensar e, principalmente, com conteúdo!
Parabéns!
Apenas tenho pena que não tenha comentado o caso Gisberta.
Um fantástico 2007 para si também, Patrícia.
esse assunto já foi longamente discutido por mim noutro sítio, numa das reuniões de grupo do Grupo de Jovens cá da terrinha. Nesse dia fui eu a lançar o tema de reflexão, e foi esse o tema que lancei para o ar, não sem antes me informar acerca dele claro.
e como o professor já falou tanto sobre ele e eu subscrevo tudo o que o Sr. disse, ontem não falei sobre o assunto.
mas se a minha opinião interessa, tenho pena que este país seja mais um ninho de podridão, e que este bolor comece tão cedo. se por um lado sou contra a pena de morte, também sou contra o ilibar de jovens apenas porque não têm idade suficiente para serem responsabilizados pelos seus actos. e sim, acto esse que merecia que todos aqueles que cometeram tal atrocidade pagassem por isso, porque mais uma vez, ninguém tem o direito de judiar assim da vida de outra pessoa só porque essa pessoa é "diferente"...ou será igual?sim, porque muitas vezes o mal está em ser-se confrontado com os "nossos" medos interiores.
e mais, considero que a instituição onde estas crianças se encontravam tem uma certa cota de culpa (não querendo desculpar os seus actos) porque acho que todas as nossas acções têm por base a nossa educação, assim sendo, estariam estes jovens mal alicerçados.
contudo, não queiram culpar o Estado pelo CRIME destes jovens, pois o mal do povo Português é terem sempre um único culpado, o Estado, esquecendo-se de que é de nós que depende o evoluir ou não da nossa sociedade, do nosso país.
Se justiça foi feita?Não, porque as sentenças obtidas não serviram nem para deixar a vítima "descansar em paz", e quando a tempestade passar, não virá a bonança, porque em algum sítio voltaremos a ouvir falar desses jovens...
Com tanta coisa para dizer e com qualidade, porque não cria o seu próprio blog, Patrícia?
Acho que tinha toda a justificação...
eu já tenho um blog sr. professor:-)...se bem que nem sempre tenho tempo ou inspiração...
http://dentrodaalma.blogspot.com
anda a precisar de atenção minha o blog, mas ando em falta..
Desculpe.
Não sabia.
Mas já corrigi isso...
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