sexta-feira, 25 de maio de 2007

MAMA...



Sinceramente não sabia se me apetecia escrever aqui neste momento.
Horas depois de ter escrito aquele "post" do Brasil, fui violentamente confrontado com uma das mais terríveis dores, senão a maior que alguém pode sofrer...
A morte súbita da minha Mãe!...

Dor atroz, dor que viola, dor que se ri, escarninha, da destruição que instala e alastra em redor!
Dor que rouba os referenciais, que sufoca, que faz rugir de sofrimento!
Dor que rasga...

Achei, no entanto, legítimo e justo, aqui escrever algo que, para além de informar quem me lê, servisse de justificação para alguma eventual ausência.

Aqui quero prestar homenagem à minha MÃE...
Para quem a conhecia, era uma mulher com maiúsculas, doce, meiga, forte, maciça.
Mas, acima de tudo, com uma sempre presente preocupação e assumida...Os Filhos!
Eram, sem qualquer hesitação, a sua razão de viver...eram, de forma assumida, o seu Projecto de Vida!
Alguém disse, sobre ela..."É uma Mulher intemporal!"
E eu, vejo-me obrigado a concordar...
É, sem dúvidas, uma Mulher intemporal.

Também aqui quero reconhecer e agradecer todas as enormes e reconfortantes manifestações de apoio, de solidariedade, de presença, de amizade, de amor que tenho recebido de tanta gente.
A todos o meu reconhecido obrigado.

A Ti, que tens sido incansável no carinho, no apoio, na presença, na dor, no Amor, apenas e tão só o meu olhar carregado de lágrimas...

4 comentários:

joana disse...

Professor,nestes momentos é dificil dizer o que quer que seja,pois nada serve de consolação,quero que saiba que estarei aqui,para apoiar,nesta fase tão dura...
Um beijo do tamanho do mundo,cheio de carinho,amizade e afecto...
Professor imagino que va ser complicado,mas muita Força

Manuel Damas disse...

Obrigado Joana, simplesmente obrigado.

Pinto disse...

Queria saber falar-te algo diferente, com o intuito de fazer anestesiar a dor que se te percorre o corpo e a Alma e a Mente...
Mas, por mais textos que formule em minha cabeça, apenas consigo escrever-te a minha Solidariedade para contigo e tua Família. Apenas te sei dizer o que toda a gente diz. Não te sei dizer nada de novo, porque a Morte é, já por si, um caminho novo a percorrer por quem tem a sorte de o alcançar...
É certo que este acontecimento é injusto para quem fica. A dor de quem fica é a morfina de quem vai...
Mas o que é magnífico é poder lembrar e relembrar, um dia, memórias fascinantes que cintilam como flocos de ouro ínfimos em nossa cabeça...é poder fechar os húmidos olhos e pensar em como tanto nos deu aquele ser humano, tanto passou para que nós estivessemos como estamos no presente que corre veloz...tanto quis a nossa Felicidade...tanto não quis que chorassemos, mas que rissemos sempre, porque a Vida é um passo para uma outra caminhada e devemos encarar esta passagem como brevemente imortal!
Mas a Mãe...a Mãe. Mulher que nos mostrou a luz do dia e a escuridão da noite. A mulher que nos alimentou, que nos limpou, que nos sorriu e chorou por nós, que se preocupou, que se abraçou e beijou como NUNCA alguma mulher irá igualar. A Mulher das mulheres...a Mãe de cada um.

Pode parecer estranho, mas á Tua Mãe envio um enorme Beijo.
A ti tento dizer o que não se diz nestas alturas porque não há muito para dizer senão o meu Apoio...para ti um Beijo igualmente grande!

Nuno N. Ferreira.

Manuel Damas disse...

Obrigado, Nuno, um enorme obrigado