terça-feira, 18 de dezembro de 2007

MINISTRO DA JUSTIÇA E "A NOITE DO PORTO"...


O Ministro da Justiça, Alberto Costa veio ao Porto, num acto de solidariedade para com os contigentes militares que se encontram sob a sua tutela, nesta fase conturbada que o clima social atravessa, especialmente no Porto. Veio, efectivamente, solidarizar-se com os responsáveis da Polícia Judiciária, no contexto da operação “Noite Banca”.
Até aí nada a obstar, antes pelo contrário.
Apesar de eu duvidar do que, na realidade, para as forças de segurança no terreno, advém da mesma atitude...
De qualquer modo, não deixa de ser uma atitude meritória, independentemente do significado e das consequências que se possam extrair da iniciativa.
Agora a fotografia fica estragada, irremediavelmente estragada, quando Alberto Costa entra nas instalações da Polícia Judiciária do Porto, directamente de carro, na garagem das instalações...minutos depois volta a sair, agora por outra porta e, já na rua, opta por estacionar o automóvel e ficar à espera que os responsáveis da Polícia Judiciária cheguem à entrada principal.
Só então o carro do ministro arranca de novo, parando, outra vez, junto à porta principal.
Agora, perante as câmaras de filmar e máquinas fotográficas, o Ministro sai, sorri, cumprimenta e fala...para os jornalistas!
Mas que fantochada é esta?
O Ministro é o palhaço de que peça de teatro?
É alguma publicidade paga por algum dentrífico ou é mesmo estupidez, essa sim paga com o dinheiro dos contribuintes?
Sinceramente nunca tinha visto, de forma tão descarada, aquilo a que chamo um Ministro-Pavão!
É que neste momento conturbado e sério não era prioritário que o Minsitro da Justiça viesse desfilar numa suposta “passerelle” da vida, quiça procurando atingir um qualquer título de Miss...
Neste momento interessava que o Ministro vestisse a pele de um político responsável, por mais que tal pele lhe custasse e lhe parecesse estranha e incómoda.
É que há hipotéticos criminosos que importa julgar ou inocentar...
Há vítimas que importa justiçar...
Há famílias, as dos agressores e as das vítimas, que têm direito a que se faça Justiça.
Há as famílias dos agentes das forças de segurança, dos tribunais e outros, que gostariam de poder ir descansar assim como os próprios elementos da comunicação social e então sim, quando o circo tivesse sido todo desmontado e os intervenientes tivessem voltado aos seus lares então sim, o ministro poderia dar azo, livre e impunemente, à sua sede de vedetismo e protagonismo e ensaiar, sem prejuizo de ninguém, os diversos passos, quiça de um qualquer bailado, que o levariam pelos degraus acima, ou abaixo, das escadas da vida!
Assim não, Senhor Ministro!
Assim não porque cheira a fantochada e a política merece ser, cada vez mais, dignificada, depois de ser expurgada do que designo por atitudes de prostituição barata...

4 comentários:

Sandra T disse...

Gostei do "ministro pavão", mas infelizmente é assim, pensam os senhores governantes - é disto que o povo gosta - mas o povo já vai tendo os olhitos mais abertos... É preciso um bocadito mais de categoria meus senhores, nós, a arraia miúda, já vamos percebendo quando nos chamam lorpas.
Ou não?

Anónimo disse...

anda desaparecido!
de férias finalmente!:-)

Manuel Damas disse...

Concordo consigo em plenitude, Sandra.

Manuel Damas disse...

Muito trabalho, Patrícia, a que se associam as últimas conferências, mais as actividades natalícias que implicam tempo e disposição para andar às compras!!!