
Novo dia de maratona televisiva.
Assim, às 20.15 estarei, em directo, na Porto Canal, no programa "Porto Alive", com a Maria Cerqueira Gomes, na que será a minha quinta intervenção, como sexólogo residente do programa. Hoje o tema a abordar será "Casamento entre pessoas do mesmo sexo".

Um tema polémico e fracturante, evidentemente, posto, de novo na ordem do dia por José Sócrates ao anunciar que seria um item que faria parte da moção que vai apresentar ao Congresso do PS e que, sendo aprovada, como tudo indica, virá a fazer parte do seu próximo programa eleitoral.
Espero que esta questão não venha a ser, de novo, esquecida uma vez que já fazia parte do programa eleitoral do PS na campanha eleitoral para a anterior legislatura.
De qualquer modo, a questão prende-se única e exclusivamente com o direito das pessoas que vivem uma relação, terem legitimidade, se assim o quiserem,a oficializar a mesma, através da fórmula oficial, dita casamento, independentemente da idade, do sexo e, acima de tudo, da orientação sexual.
E isto, especificamente, cumprindo o direito constitucional à não discriminação em função da orientação sexual.
Um tema polémico, sem dúvida mas que se refere, única e exclusivamente, ao direito das pessoas procurarem a felicidade, independentemente da sua orientação.
Estas e outras vertentes serão abordadas.
Será uma nova oportunidade para fazer pedagogia, de forma serena e tranquila, mas científica e, acima de tudo, sem pudores nem tabus.
Depois, à 1.00, irá para o ar, também na Porto Canal, novamente em directo, com a duração de uma hora, a 63ª emissão, do "Sexualidades, Afectos e Máscaras" com a Maria José Guedes.

O tema de hoje será, "Os media e as sexualidades".
Um tema polémico e fracturante que continuará a ser abordado com clareza, de forma informal, mas tentando trabalhar, em estilo tertuliano,com os nossos espectadores.
O poder dos media e, fundamentalmente, a sua capacidade de condicionar e formatar o pensamento das pessoas.
Os media, na sociedade global têm, na modernidade, sem dúvida, um extraordinário poder.
Recordo o facto de há anos atrás o director de uma das televisões portuguesas ter assumido, em público, que seria fácil, a uma televisão, fazer eleger um Presidente da República.
E, na verdade, mais não assumiu do que uma verdade de La Palisse.
E na área das Sexualidades e dos Afectos este mesmo poder pode tornar-se perverso e de extraordinário poder destrutivo e quase castrador.
Será, uma vez mais, uma abordagem efectuada com a frontalidade obrigatória que os espectadores merecem.
A intenção é, acima de tudo, tentar desmistificar o tema.
Prevejo que será um grande programa, a não perder.
E estão, assim, criadas duas janelas de oportunidade, ainda que diferentes e com um registo obrigatóriamente dispar, até porque direccionadas para públicos alvo com especificidades próprias para, em contexto televisivo e em directo, abordar questões que me são caras, na área das Sexualidades e dos Afectos ou seja, a nível da intimidade e da afectividade.
Será, novamente, uma sexta-feira passada a correr mas, obviamente, com enorme prazer.
Certamente que, às duas da manhã, quando abandonar as instalações da televisão, sairei cansado mas, acima de tudo, com a noção do dever cumprido e, já, ansioso pela próxima maratona...