terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

EPÍTETOS DE AFECTOS 2...


A "segurança tranquila da felicidade..."
Quem já não a teve?
Quem já não a sentiu?
Pelos deuses...quem já amou, certamente que já o sentiu ou então, desculpem-me, mas não amou na totalidade, até à exaustão...
Na realidade, a felicidade gera segurança. Porque quem está feliz sente-se realizado, satisfeito, seguro, enfim...contente em plenitude!
Em consequência, quem se sente em segurança, por se sentir amado, sente-se tranquilo, longe de inseguranças, de conflitos, de dúvidas, de medos...o que não quer dizer que se tenha demitido de atingir a plenitude, até porque o homem é um animal eternamente insatisfeito.
Por tudo isso, quem é feliz vive em segurança tranquila, realizada, sobrevivente, envolvente, transbordante e deslumbrante (e os adjectivos não foram escolhidos ao acaso...)
Nesta situação todo e qualquer detalhe adquire cores, tonalidades, sabores, cheiros, sonoridades e musicalidades aparentemente únicos que fascinam e comprazem...
É a segurança tranquila da felicidade...

6 comentários:

Zé Ninguém disse...

Normalmente é quando chega essa "segurança tranquila da felicidade..."que se deitam a perder as relaçoes.É quando ficamos à mercê da natureza inquisitiva e por vezes caprichosa do ser humano com quem compartimos relaçao (a tal insatisfaçao humana). E é que por mais seguros que estejamos, há uma coisa que coloca em risco qualquer relaçao, que é dar por assumido o que temos e que jamais o poderemos perder...
Por vezes a chave da felicidade é justamente tomá-la como algo inseguro e efémero.Isso é o que nos vai fazer apreciá-la infinitamente a cada instante e fazer-nos reflectir em que nunca se deve deixar de cuidar algo belo só porque está no seu auge.
A quem se lhe ocorre deixar de cuidar uma buganvília só porque está em flôr?
Abreijo

Manuel Damas disse...

Meu caro Gundemarus...que visão tão pessimista!
Não quero acreditar que não haja segurança tranquila da felicidade.
Não quero acreditar que não seja possível eternizar uma relação!
Aliás, vinte anos de prática profissional dizem-me precisamente o contrário!
Claro que há caminhadas e caminhadas...eu por mim próprio vejo...uma é a realidade profissional e outra é a realidade afectiva.
Abreijo

Zé Ninguém disse...

Pessimista? Achas?
Nao era essa a intençao, mas num dia de animos baixos, é normal que se plasme onde nao se quer certa negatividade. Peço desculpa e acredito na tua compreensao plena.
Agora bem, quanto ao tema que nos ocupa, na minha perspectiva pessoal baseada em vivencias próprias, essa segurança tranquila é quem nos atraiçoa com mais facilidade.
Prefiro pensar que sou feliz, que a minha relaçao será eterna (porque considero que estamos unidos até à mais ínfima partícula do nosso ser e das nossas almas eternas), mas que é melhor viver o dia de hoje e nao me achar detentor dos direitos de usufructo sobre ninguém.
Afinal o meu amor pelo "outro" vem de dentro de mim, nao prové do "outro", até porque poderia nao ser correspondido. Por isso eu sou daqueles loucos nostálgicos que alcançam a felicidade sómente em amar... o "ser amado" é um feliz e afortunado efeito secundário.
Amar sim, intensamente, sem control e sem medida, de uma maneira desgarradora, como se o mundo ou nao existisse ou se acabasse amanha.
Carpe Diem

macaw disse...

Invejo quem já teve essa "segurança tranquila da felicidade", porque eu nunca tive...

"quem já amou"?!!!
quem amou e foi correspondido, sim concordo. mas não basta só amar, pois quem ama e não é amado, asseguro-lhe que não sente nem segurança, nem traquilidade e muito menos felicidade, apenas solidão e dor...
e não me diga que sou pessimista :))))))))))) porque sempre foi a minha realidade no que ao amor diz respeito!

bjinhos ;)

Manuel Damas disse...

Meu querido Gundemarus...ainda há uns dias aqui escrevi "eu amo e gosto de amar..."
Fizeste-me sorrir, por vir de encontro à minha opinião.
Quanto a dias piores...vem cá , vem!
Este está a ser um péssimo dia para mim, especialmente na área dos afectos...

Manuel Damas disse...

Acredito, minha querida maczinha...
Mas deixe-me que lhe diga...esta "segurança tranquila da felicidade" é o supremo prazer...ainda que eu não a tenha no preciso momento!
Beijinho grande, aí para Bournemouth...