terça-feira, 11 de março de 2008

EU NÃO SOU PARVO!!!


Não me considero um génio!
Nem sequer uma pessoa inteligente.
Mas não admito que alguém se atreva a tentar fazer de mim parvo (mesmo que o vocábulo latino "parvum" signifique "pequeno de entendimento" )
Refiro-me à morte, supostamente por acidente de viação, de Carlos Almeida, um informador que colaborava com a Polícia Judiciária na investigação dos crimes na noite do Porto.
Surge como causa do acidente que desencadeou a morte, excesso de velocidade ao volante de um "Ferrari", o que teria provocado um despiste e consequente incêndio.
Mas está tudo doido?
Ou a intenção é mesmo gozar à descarada com o português crédulo?
Mas alguém quer-me convencer de que um negociante de automóveis não conheceria muito bem a sua própria viatura e, como tal, todos os truques e manias do bólide em questão?
Ainda hoje passei, uma vez mais, pelo local do acidente.
É um trajecto que conheço muito bem até porque o utilizo muitas vezes.
Dizem que o carro vinha em excesso de velocidade.
Mas como?
Trata-se de uma recta pequena, com pouco mais de 500 metros...
Ainda por cima grandes velocidades naquele trajecto não dão jeito e são impensáveis.
E porquê?
Porque se acabou de sair de um túnel cuja saída, ainda por cima, desemboca numa semi-curva e, só depois vem a recta.
Mas a mesma é obrigatoriamente curta porque a meio tem a saída das bombas de gasolina e termina, obrigatoriamente, nas portagens.
Ninguém acelera, ainda por cima sendo do ramo automóvel, num Ferrari, naqueles ridículos 500 metros quando sabe que, mais à frente tem muita estrada, quilómetros e quilómetros de auto-estrada para saborear.
Dizem, depois, que caiu por uma ribanceira.
Ribanceira?
Nada mais do que uma berma que nem sequer um metro de altura tem!
Assim sendo, como se justifica um acidente que teoricamente se deu por excesso de velocidade, que ocasionou um despiste, que implicou um incêndio que, ironia última, calcinou de tal modo o cadáver que foi necessária a colaboração da Medicina Legal para fazer a identificação através das peças dentárias.
Volto a dizer...Não gosto que gozem comigo!!!
Não há espaço, nem lógica, para o uso de semelhante velocidade naquele trajecto tão curto!!!!
E a ribanceira não existe!
Ou será que os travões do carro tinham sido previamente "trabalhados"?
Ou será que o condutor ia sedado?
Ou será que seria conveniente que o corpo ardesse de maneira tal que fosse totalmente impossível a identificação?
Ou será que não era Carlos Almeida quem o conduzia?
Em termos práticos...
Foi homicídio?
Foi manobra do Programa de Protecção de Testemunhas?
Seja o que for...
Mas não façam de mim parvo!!!

20 comentários:

Coragem disse...

Ou será que é uma resposta estratégica da equipa de investigação, para que saia na comunicação social, e assim continuarem a investigar com o suposto homicida solto e porem mais tranquilo?
Conheço um pouco a forma de actuarem e, às vezes torna-se necessário,este procedimento.
No caso em si não faço ideia, mas não seria o primeiro.
Mas, professor esta não foi já
a 2ª testemunha a aparcer morta neste caso de investigação?
Quer-me parecer que sim.

Beijinho

Manuel Damas disse...

Pois...coragem!
Pois...
É tudo muito nebuloso...

mjf disse...

Olá!
Calar é preciso... ;=(
Beijos

Manuel Damas disse...

Desculpe, mjf, mas tenho opinião precisamente contrária!
Falar é preciso!!!!
Um beijinho!

navigator disse...

Professor concordo consigo quando diz que naquele espaço tão curto é impossível atingir grandes velocidades, também o passo lá todos os dias acho que foi mais limpeza de arquivo, será que o Sr. Carlos Almeida sabia demais, tanto que a tal ribanceira que falam não tem mais de 10 metros com pouco mais de 0,5% inclinação e o tal sobreiro que o carro bateu e incendiou está a 6 metros da berma da auto-estrada.

Pong disse...

Então tu vais ao MediaMarket ou não?

Olá!! disse...

Berre, Professor, eu berro consigo, também não gosto que façam de mim parva.
Beijinho bom

@ღღ@ disse...

ninguem gosta manuel ninguem gosta ....

Manuel Damas disse...

Oh Carlos...Ainda bem que não sou eu o único aparentemente iluminado...
Um abraço

Manuel Damas disse...

Eu não sou cidadão da Parvónia, Pong...
:)))))))))))))))))))))))))))))

Manuel Damas disse...

Um bejinho grande, "olá"!

Manuel Damas disse...

Bien sur, ma cherie...

Anónimo disse...

concordo inteirament!
será que estao a querer fazer de nós parvos otários ou algo do genero?
ninguém me tira da cabeça que aqule suposto acidente foi um arranginho bem feito!
pela descrição do local da ocorrência e ja estando eu habituado a ir a muitos acidentes nao pelos motivos de curiosidade mas por motivos de socorro nao me parece que fosse de causas naturais!
segundo sei ja é a segunda testemunha deste caso a aparecer morta!
porque será?
simplesmente a ideia de acidente natural nao me cabe

Manuel Damas disse...

Nem a si, nem a mim, meu caro lumière...Mas como vivemos, cada vez mais, num país de indiferentes...

Anónimo disse...

indiferente nao é igual a incompreensão!
seriamente quere-nos tomar por parvos!
e isso calma ai
qualquer dia vem dizer que afinal esse acidente se deu por havia uma pulga na estrada que fez despistar o carro!
so falta mesmo essa
mas no pais em que estamos ja nada me admira

Unknown disse...

Desde que o Garcia Pereira é advogdo de Paulo Portas num procsso que envolve um diferendo entre Portas e um ministro da república, actulmente socrática e não socialista, ... bem ...

sem mais delongas

Tudo é possível

Manuel Damas disse...

Nós também somos o país em que estamos, lumiere!!!!

Manuel Damas disse...

Zeuzinha...Isto está...que está!!!!!

gaivota disse...

acidentes destes...
certas entidades, certos carros, determinados locais, estradas, ribanceiras,certos "trabalhos"...
eu também não gosto que me tomem por parva!
beijinho

Manuel Damas disse...

Um beijinho, gaivota!